Anunciado em 2010, Ecopapel é um projeto distante e inviável para a Saev; custo de implantação seria em torno de R$500 mil
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
O Ecopapel (Cooperativa de Reciclagem de Papel de Votuporanga) foi anunciado em 2010 e ainda não está em funcionamento. Um dos motivos seria o alto valor a ser desembolsado pela Prefeitura.
Gustavo Gallo Vilela, gestor do Meio Ambiente da Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente) explicou que o investimento seria de R$500 mil. “Buscamos parceiros para este projeto. A Coopervinte (Cooperativa de Reciclagem) não quis aderir à nossa iniciativa. Mas ainda não desistimos dele. Também precisamos de um profissional que atue como artista plástico”, ressaltou.
O presidente da Câmara Municipal, Eliezer Casali, é um dos incen-tivadores para que o Ecopapel aconteça em Votuporanga. “Visitamos Ilha Solteira, que tem um projeto neste sentido de reciclagem de papéis que se transformam em agendas e demais objetos”, complementou.
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Durante a inauguração do Ecotudo, em 2010, o prefeito Junior Marão anunciou Centro Social Ambiental de Resíduo na antiga algodoeira Matarazzo. Na ocasião, Marão disse que seriam gerados 50 empregos sendo 40 deles para jovens de 16 a 18 anos e 10 para 18 a 24 anos.
Projeto Ilha de Papel
O Ecopapel se assemelha com a Ilha de Papel, projeto de Ilha Solteira. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – Projeto Ilha de papel oferece atividades socioeducativas no período oposto ao escolar, que tem como foco a consciência ambiental, estimuladas através da reciclagem, fabricação de papéis artesanais com fibras vegetais, utilizadas para a construção de objetos com várias texturas como caixas de presentes, embalagens, pastas, cadernos, agendas, esculturas e demais artesanatos, para 40 adolescentes de ambos os sexos, residentes no município.
Trata-se de um serviço de proteção social básica desenvolvido com adolescentes de ambos os sexos de 14 a 17 anos completo, em situação de vulnerabilidade, e suas famílias, onde são ofertados espaço de convivência e diversas atividades tais como palestras, discussões grupais, reflexões individuais, espaço de escuta, acolhimento, encaminhamento a rede de serviços, oficinas de inclusão digital, oficina com foco na preparação para o trabalho, entre outros.
Os participantes recebem uma bolsa aprendiz no valor de ¼ de salário mínimo e mais o rateio de 50% de toda a produção anual do projeto.