Karolline Bianconi
O diretor da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral) de Votupo-ranga, Carlos Alberto de Luca, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade. Ele falou sobre a luta diária dos agricultores, já que ontem foi lembrada a data em homenagem à atividade no campo.
O entrevistado informou aos ouvintes que choveu nos últimos dias 51 milímetros, o que em sua opinião foi uma pequena quantidade, mas que pode favorecer algumas culturas. “A seringueira é uma delas, porque o natural é cair todas as folhas. Ela vai ter mais umidade no solo, mais força e energia. Já para a pastagem, é algo preocupante. Se parar de chover, o pasto que já está verde começa a absorver a raiz. Para nós foi muito importante, pois diminuiu a poeira. Para o produtor, começa a preparar o solo para a safra 2014/2015”, falou.
De Luca continuou explicando aos ouvintes que há uma fase de seca de três anos. Entretanto, acalmou a todos informando que está dentro da previsão de ocorrência. “Já tivemos uma seca igual a essa em 2005/2006, e na década de 1960. Isso pode acontecer, não é efeito de danos ao meio ambiente. O produtor hoje tem um trabalho sustentável e com conservação de solo. O que está faltando mesmo, devido às condições climáticas, é chuva para poder encher nossos rios”, falou.
E se a falta de chuva pode trazer danos aos moradores, a situação dos produtores rurais também pode piorar. A orientação passada pelo diretor da Cati é que haja planejamento. “A cultura segura é a planejada, feita de acordo com as recomendações técnicas e com três fatores para se produzir: água, temperatura e energia. A água é importante, o item principal na produção da fotossíntese, do grão do alimento que vai ser feito. Faltando água, não se consegue produção”.
O recomendado ainda é que o agricultor pense na irrigação mecânica, para que em épocas críticas haja alternativa. “Na nossa região diminuiu o feijão irrigado plantado, em virtude de não fazer captação de água no Rio Grande. A chuva deve comprometer alimentos mais nobres, que demandam mais produção fora de água”, frisou.
De Luca informou o mapa que é formado pelas culturas em Votuporanga: em torno de um mil hectares de milho; de 150 a 200 hectares de soja; 7 mil hectares de cana para a indústria; 270 mil pés de laranja; 650 mil pés de seringueira em produção e 250 mil novos, além e 22.500 hectares de pastagem.