Em cada setor, em média, seis motoristas deixam de comprar o cartão que garante a vaga para o carro no centro da cidade
Leidiane Sabino
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A Área Azul é um instrumento utilizado nos municípios para proporcionar a rotatividade de veículos na área central, garantindo oportunidade de estacionamento para boa parte dos moradores. Em Votuporanga, ela abriga 56 quarteirões, o problema é que muitas pessoas se recusam a pagar os R$2,00 que garantem a vaga por duas horas. A quantidade de quem desrespeita a norma é grande, em média 300 veículos recebem o cartão de advertência por dia.
O funcionamento da Área Azul é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira e das 8h às 12h, aos sábados.
“Fizemos recentemente uma campanha de conscientização da importância deste trabalho, que ajudou bastante a convencer parte da população, mas ainda precisamos de mais cuidado dos motoristas”, disse Adão de Jesus Cunha, coordenador da Área Azul.
Cunha destacou ainda que o centro da cidade não funcionaria bem se não fosse este serviço. “Viraria um caos. Nós também orientamos os comerciantes e trabalhadores que deixem as vagas livres para os consumidores, que é quem garante a renda e o emprego para eles”.
Quem não adquire o cartão fica sujeito a multa. Quando o agente de trânsito da Prefeitura ou o policial militar verifica a presença do cartão de advertência, pode aplicar punição pela infração.
Emprego
O serviço de Área Azul garante ainda emprego para 65 pessoas em Votuporanga, que são acompanhadas pelo Centro Social, que gerencia esta atividade. Além de salário, carteira assinada e outros benefícios, eles recebem também acompanhamento familiar pela equipe da entidade, tudo isso oportunizado com os recursos adquiridos pelo programa.
“A Área Azul tem um significado muito importante para a entidade e as pessoas inseridas. Quando a população entender isso, vai deixar de achar ruim o pagamento. Quantas mulheres e homens chefes de família são atendidos por este programa e com todo o acompanhamento que oferecemos. Muitos deles, por meio deste trabalho, conseguem empregos melhores. Alguns pedem demissão até chorando, mas saem do Centro Social para boas oportunidades. É uma questão de tempo e a população vai se conscientizar”, destacou Bader Lorente, presidente do Centro Social.