Paulo César Lopes de Oliveira, 50 anos, casado, tem filha e netos, diploma de bacharel em Ciências Contábeis, curso de auxiliar administrativo do Senac/CTMO e 22 anos de atuação na área de vendas, porém, a vasta experiência profissional não o ajudou muito na hora de voltar ao mercado de trabalho, em uma vaga para limpador de vidraças, já que seu currículo era muito qualificado para a oportunidade em questão.A situação de Paulo se repete incontavelmente com pessoas que moram não só em Votuporanga como em todo o país. É justamente para ajudar nessa inserção no mercado de trabalho que a Secretaria
Municipal de Assistência Social desenvolve o projeto “Votuporanga em Ação”, onde Paulo conseguiu uma nova oportunidade e atua no Ginásio de Esportes Mário Covas. “Todo trabalho é digno e eu precisava de um para cuidar da minha família e hoje estou aprendendo uma nova profissão. O que precisar fazer eu vou fazer”, disse ele se referindo aos trabalhos do projeto na área de serviços gerais.
O projeto vem chamando a atenção de quem precisa de um emprego, assim como Paulo. No último período de inscrições, em junho, 242 pessoas registraram interesse nas 150 vagas disponíveis; já em dezembro o número de inscritos não passou de 140. Vale ressaltar que essas vagas são voltadas para pessoas com mais necessidade, de acordo com o número de filhos e os primeiros chamados são aqueles considerados arrimos de família. As chamadas dos selecionados acontecem gradativamente, conforme as pessoas vão terminando os contratos. Atualmente, a maioria dos beneficiados trabalham na área da educação.
De acordo com a coordenadora do projeto, Andrea dos Reis Datorre, “recentemente uma mulher que passou pelo programa prestou um concurso da Prefeitura e agora trabalha como agente de saúde, mas existem outros casos em que os contemplados saíram do projeto e conseguiram empregos formais”.
O “Votuporanga em Ação” contempla os beneficiados com bolsa auxílio-desemprego no valor de um salário mínimo por prazo determinado de 180 dias. Para participar os requisitos mínimos são: ter entre 22 e 65 anos de idade; estar desempregado por seis meses ou mais; residir no município nos últimos três anos; não receber outra renda como, por exemplo, benefício, aposentadoria, seguro desemprego, pensão; renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa e apenas uma pessoa da família poderá ser beneficiada. No ato da inscrição é obrigatória a apresentação de RG, CPF, carteira profissional e comprovante de residência (conta de água, luz ou telefone).
Segundo a secretária de Assistência Social, Marli Beneduzzi Pignatari, “além de ajudar na inserção no mercado, o programa também é uma ação social que beneficia centenas de pessoas todos os anos”.