Esse é o balanço da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, depois de conscientização de empresários e atendidos
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Em um ano, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos investiu na conscientização de empresários e pessoas portadoras de deficiência para a inserção no mercado de trabalho. Um curso de capacitação foi realizado, com 17 participantes. Deste número, quatro foram encaminhados para empresas da cidade e apenas um se manteve no cargo.
O único caso
Silvio Augusto dos Santos, que é assistido pela Secretaria dos Direitos Humanos no setor de Pessoas com Deficiências, participou do curso de capacitação em auxiliar administrativo em parceria com Avape (Associação para Valorização das Pessoas com Deficiência), ocorrido entre setembro e novembro do ano passado.
A qualificação teve 230 horas e rendeu uma bolsa de R$460 para quem não tinha LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social), e para quem possuía, R$250. Silvio se inscreveu, foi incluído no mercado de trabalho e hoje está na empresa Facchini. “Estou super satisfeito com a minha inclusão no mercado de trabalho, devo isso à Secretaria de Direitos Humanos”, disse.
Loas
Um dos motivos do baixo interesse é o benefício do Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), direito fundamental destinado a amparar as pessoas idosas e deficientes cujas famílias não tenham condições de lhes prover um sustento digno. Trata-se de prestação assistencial, que independe de prévia filiação ao regime de previdência ou contribuições sociais. O valor mensal do benefício de assistência social, também denominado LOAS, é de 1 salário mínimo federal por mês, na forma de benefício de prestação continuada.
Para o assessor de comunicação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Maurício Benigno, com esta colaboração, o público não demonstra interesse em entrar no mercado de trabalho. “Com o registro na carteira de trabalho, eles perdem o direito do Loas, então optam em não arranjar serviço. Há um certo comodismo e as empresas também têm preconceito”, revelou para o jornal A Cidade.
Vagas em potencial
De acordo com Maurício, são 15 empresas de Votuporanga e região que são procuradas pela pasta para verificar o interesse em ter um funcionário com portador de deficiência. “Por lei, são locais que deveriam contratar, porque possuem mais de 100 funcionários”, afirmou.
Evento
Em outubro, em comemoração ao Dia Nacional do Deficiente, a Secretaria de Direitos Humanos vai promover um evento para incentivar a contratação deste público.