Atílio Pozzobon Neto, responsável pelo atendimento, garante que houve muito empenho dos profissionais da Santa Casa
Atílio Pozzobon Neto explicou o atendimento prestado ao jovem Tiago Simieli (detalhe)
Karolline Bianconi
karo@acidadevotuporanga.com.br
O médico Atílio Pozzobon Neto reuniu a imprensa na tarde de ontem para falar sobre como foi o tratamento dado ao jovem Tiago Victor de Souza Simieli, de 28 anos, sobrevivente do acidente no dia 21 de junho, na rodovia dos Barrageiros, em Três Fronteiras. O fato trouxe muita comoção na cidade pela morte de três jovens: a namorada de Tiago, Mariane Cândido Romero, de 22 anos, e do casal de namorados, Clayton Baldissera, 32, e Flávia Graziella dos Santos, 24. Como muitas pessoas queriam saber sobre o estado de saúde de Tiago, o médico decidiu se pronunciar, após receber autorização da família do paciente.
Sobrevivência
Os primeiros atendimentos aconteceram na Santa Casa de Santa Fé do Sul, onde a perna esquerda de Tiago precisou ser amputada devido a gravidade do ferimento. Foi necessário o procedimento porque havia necrose com infecção, que poderia até levar a óbito.
Em seguida, o jovem foi transferido para a Santa Casa de Votuporanga com politraumatismo (várias fraturas pelo corpo), começando por traumatismo crânio encefálico e trauma de tórax fechado com contusão pulmonar. Havia ainda hemorragia intra-abdominal estável, além de um ferimento no fígado. O jovem passou por cirurgias e diálise, devido a uma insuficiência renal. O braço esquerdo foi quebrado em dois lugares (punho e antebraço).
O médico disse que sentiu que fosse perder seu paciente devido aos traumas sofridos. “Este tipo de acidente traz muitas complicações, que podem ocasionar a morte, mas ele foi um guerreiro”.
Os primeiros 20 dias foram críticos e o jovem permaneceu sedado o tempo todo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com respiração artificial.
O médico enfatiza que houve grande empenho do corpo clínico da Santa Casa, assim como os enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais envolvidos no tratamento de Tiago. “A equipe é muito competente e dedicada. Milagres como esses são frequentes na Santa Casa, graças a Deus”, falou. Somado a isso, no momento do acidente, o jovem utilizava roupas adequadas para andar de moto. “Não é que ajudou a salvar, mas sim, diminuiu o trauma”.
Ele fez questão de citar os nomes dos profissionais que estiveram empenhados no tratamento do jovem: o médico Lúcio Ribeiro, considerado como o “capitão” da equipe; Marcelo Marciano, responsável pela cirurgia abdominal; o ortopedista Onildo José da Silveira, além dos funcionários do setor de diálise, fisioterapeutas, nutricionistas e anestesistas.