Jovem disse que desentendimento teria ocorrido em sua casa por causa de um copo; crime aconteceu no ano passado
Karolline Bianconi
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Raimundo Augusto Correa de Sá, de 22 anos, conhecido por “Nô”, foi condenado a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado e sem direito de apelar em liberdade.
O julgamento aconteceu ontem, no Fórum de Votuporanga e foi presidido pelo juiz de Direito, Jorge Canil.
“Nô” foi considerado culpado pela morte de Mércia Ribeiro da Silva, de 29 anos, ocorrida em fevereiro do ano passado, no Parque Guarani. Ela era conhecida na cidade por ter montado um barraco de forma irregular em um terreno baldio, próximo à uma igreja católica do mesmo bairro.
Em seu depoimento a Canil, “Nô” disse que havia conhecido Mércia na rua, no dia do fato. Após participarem de um churrasco, marcaram um programa. O encontro aconteceria na casa onde o jovem morava com mais dois amigos. Ele contou que havia bebido e que a vítima teria feito o uso de drogas.
Chegando ao local, os dois foram para a varanda e os amigos permaneceram na casa. Eles teriam discutido por um copo que estava na pia, disputando de quem era o objeto.
“Nô” contou que os dois se alteraram e a vítima teria tentado ferí-lo com um canivete que estava na mesa. Ele conseguiu retirar o objeto das mãos de Mércia e, em seguida, iniciou os golpes. No total, foram 14 perfurações em regiões vitais, como pescoço e tórax, além de pernas e no queixo. Após o ato, ele fugiu para a casa de um parente.
“Nô” relatou ao juiz Canil que, no momento da discussão, foi atingido por um golpe de canivete em um dos pulsos, resultando um corte de três centímetros. Meses depois, a defesa solicitou que fosse realizado exame de corpo delito pela polícia, onde foi afirmado em laudo o ferimento.
Os amigos que permaneciam na residência ouviram barulhos e, após encontrarem a vítima ensanguentada, acionaram a polícia.
A única testemunha a ser ouvida foi o policial Sérgio da Silva, que atendeu a ocorrência. Ele disse que foi solicitado a ir até o local pelos dois amigos de “Nô”.