Para que alunos de Direito passem no concorrido Exame da Ordem, Nínive Pignatari acredita em estudo intensificado já no 1º ano
Nínive Pignatari é coordenadora do curso de Direito
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Ontem, 11 de agosto, foi comemorado o Dia do Advogado. A profissão, como tantas outras, é considerada importante na sociedade, pois ajuda a defender interesses e esclarecer fatos.
Neste ano, mais de 100 alunos da Unifev (Centro Universitário de Votuporanga) receberão seus diplomas. Se de um lado está o interesse em seguir a carreira, de outro, existe a parte considerada por muitos como a mais difícil: conseguir ser aprovado no Exame Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), requisito obrigatório para que o bacharel em Direito possa ingressar nos quadros da advocacia. O índice de reprovação foi recorde no ano passado desde a unificação do Exame, em 2010. Dos participantes, 89,7% não conseguiram passar.
A coordenadora do curso de Direito da Unifev, Nínive Pignatari, diz que a aprovação de alunos no Exame da Ordem é decorrência de uma formação sólida e consistente, desde o primeiro ano de estudo, e não pode ser frisada somente em cursos preparatórios oferecidos na reta final.
“Embora a Unifev mantenha parceria com um curso cuja vocação preponderante é formação para o Exame, nós acreditamos na educação mais ampla, voltada para a formação humanista, para a cidadania e responsabilidade social. O exame da Ordem é importante, mas a formação jurídica vai além de cursos preparatórios para esse fim”, falou.
Sendo assim, a coordenadora estuda um projeto de gestão para 2015, onde existe a possibilidade de eliminar a parceria com um curso preparatório já oferecido, com intenção de fazer o universitário frisar a força do estudo desde o começo do curso. “Não é que seja ruim, mas é o coadjuvante do que oferecemos. Temos que dar formação desde a base”. O que deve continuar é uma revisão final para os graduandos, bastante solicitada pelos jovens.
Entre outras propostas da nova coordenadoria estão melhorar a prática jurídica, os estágios, que passam a ser em atividades reais e simuladas, além de projetos direcionados aos direitos dos idosos e humanos, etc.
Na manhã de ontem, Nínive entregou melhorias e reestruturação do Núcleo de Práticas Jurídicas. O espaço passa a contar com cartório e escritório modelos, sala de audiência e dois ambientes de estudo para elaboração de peças processuais e iniciação científica.