Em abaixo-assinado que deve ser entregue à Secretaria, pais de alunos dizem estar satisfeitos com atendimento da unidade
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
Mães que possuem filhos matriculados em um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) do bairro Santa Amélia decidiram se unir e defender a unidade. É que foi no local que uma criança teria sido agredida por uma educadora infantil, na semana passada.
O caso foi divulgado com exclusividade pelo jornal A Cidade nas duas últimas edições.
Na manhã do último dia 26, a mãe da criança, Bruna Sampaio Ferreira, falou para a reportagem que precisou buscar o filho de 1 ano e sete meses na escola porque recebeu a informação que ele havia caído após pisar na barra da calça. Bruna procurou um ortopedista, que realizou procedimento manual para o braço esquerdo do bebê voltar a mexer. Não satisfeita com a alegação apresentada pela escola, entrou com o pedido na Prefeitura para ver as imagens registradas pelas câmeras de segurança e garante que viu a educadora puxando o filho pelo braço. Ela procurou a DDM (Delegacia de Defesa de Mulher) e registrou boletim de ocorrência.
Na tarde de quarta-feira, os vereadores André Figueiredo, Pedro Beneduzzi, Cláudio Polvere (Grilo) e Vilmar da Farmácia estiveram na escola e mostraram interesse em ver as imagens flagradas pelos equipamentos. Com a reportagem do A Cidade em mãos, fizeram perguntas sobre o ocorrido à diretora da escola, Lanusse Torres de Carvalho, e à responsável pelo departamento infantil da Secretaria da Educação, Meiriane Castielhi.
Defesa
Priscila Lopes, 27, trabalha como secretária e frequenta diariamente o local porque tem um sobrinho matriculado na unidade. “Eu não tenho do que reclamar, tanto da escola quanto do quadro de funcionários”, disse.
Ela organizou um abaixo-assinado dos pais de alunos para ser entregue à Secretaria Municipal da Educação, com o objetivo de mostrar que aprovam o atendimento prestado pela equipe.
A iniciativa surgiu após o fato ser divulgado pela mãe em um grupo de uma rede social, o que teria deixado alguns pais com insegurança e outros contrários às declarações. “Gerou o popular ‘estar com um pé atrás’. Sabemos que a escola é boa. Se a educadora fez isso, tem que pagar pelo erro, mas a instituição e a direção não devem ficar “manchadas”. Esta unidade é um modelo, uma referência para as demais. Para se ter uma ideia, é uma das mais procuradas na Zona Norte e há espera de um ano para se conseguir vaga em creche. Estamos em defesa, todos são competentes”, falou.
Às 12h de ontem, horário de entrada e saída de alunos, foram mais de 15 assinaturas registradas. “Irei entrar em contato com outros pais que, devido ao trabalho, não estiveram aqui neste momento”, complementou Priscila.