Para o menor consumo será cobrado o valor de R$22,95; o aumento é gradativo, quem gastar mais, vai pagar mais
Leidiane Sabino
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Os consumidores de água de Votuporanga começaram o ano pagando mais carro pelo produto que sai das torneiras. O reajuste da menor tarifa foi de 15,5% para a mínima, que passa a ser de R$22,95. De acordo com o superintendente da Saev Ambiental (Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente), Oscar Guarizo, em 2014, o reajuste foi de 9,89%.
Guarizo explicou que o aumento é gradativo, ou seja, quem consume mais, paga mais, quem consome menos, paga menos. “Esse ano tivemos que fazer uma correção um pouco mais alta do que as dos anos interiores, porque os nossos custos aumentaram muito. Adotamos uma linha para evitar o desperdício”, disse.
Para justificar a porcentagem, Guarizo citou a tarifa mínima da Sabesp, que administra o fornecimento de água a boa parte do Estado de São Paulo, que é de R$31,87.
“O aumento da energia elétrica para a Saev foi de 46,83%, porque cada tipo de consumidor teve um percentual. Nosso material químico foi reajustado em 52%. Para economizar, tudo o que estava ao nosso alcance, nós diminuímos na Saev”, contou.
Em 2014, Guarizo disse que a autarquia teve uma defasagem. “O custo da Saev aumentou 22,98% e o reajuste que passamos para a população foi de 9,89%”, falou.
Economia de água
Guarizo contou ainda que o ano de 2014 foi muito difícil para a autarquia devido a falta de chuva. “Foi muito trabalhoso, mas conseguimos, em Votuporanga, passar todas essas secas sem grandes problemas. Pela seca não tivemos falta de água, os casos que aconteceram foram aqueles normais que acontecem quando quebra uma boia, bomba, motor e tem que desligar algum setor para fazer o conserto. Também não precisamos fazer racionamento”.
Não foi preciso fazer racionamento na cidade e Guarizo credita esta conquista ao empenho de toda equipe da Saev.
Foram investidos R$607 mil para garantir a produção e fornecimento de água. “Trocamos os transformadores, as bombas de todos os nossos sistemas, dos dois poços profundos, da captação de água da represa, reforçamos, colocamos bombas maiores para captar a água mais em maior profundidade”, disse Guarizo.
A capacidade de produção de água da Saev está no seu limite. “Qualquer necessidade extra de água, não teremos condição de fornecer. Por isso que iniciamos a contratação de empresa para fazer os dois novos poços profundos em Votuporanga, que serão construídos nas zonas Oeste e Leste e todos serão interligados nos sistemas atuais. Vamos aumentar em torno de 35% o abastecimento com relação ao que oferecemos hoje”.
Em 2015, a produção continua com a mesma capacidade de 2014. “Vamos conseguir passar esse ano sem o problema de falta de água. Já o início de 2016 nos preocupa um pouco mais, porque os poços não estarão concluídos até lá, no final do próximo ano, entram em produção os novos poços e aí ficaremos tranquilos”, falou.
Guarizo destacou ainda que as multas pelo desperdício de água são medidas extremas, a última coisa que a Saev pretende fazer. “A gente conscientiza, divulga informações para evitar desperdício. Fazemos também manutenção preventiva para evitar vazamentos e repará-los o mais rápido possível. É nisso que investimos e aguardamos a conscientização dos moradores”, finalizou.