Em forma de mutirão, contemplados com casas ajudam na construção das unidades habitacionais, inciadas em 2006.
Praça Iracema Borges Chagas, que possui um playground para diversão das crianças e também dos moradores do bairro
Leidiane Sabino
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No ano de 2006 nascia o bairro Sonho Meu, com 153 lotes. O nome explica o objetivo deste conjunto habitacional. Além de servir para a realização do sonho da casa própria de muitos votuporanguenses, ele também retirou diversas pessoas de área de risco, garantindo a elas um lugar melhor para viver. Os contemplados com as casas ajudaram com a força do braço na construção por meio de mutirão.
Cleia da Silva Ezídio, 30 anos, explicou como tudo aconteceu. “Eu morava na favela do Ipiranga, o terreno tinha três pequenas casas, onde vivam em uma meu pai, na outra a minha mãe e na terceira eu e minha família. Já era casada e naquela época começaram todo esse processo de desfavelamento da cidade. Assim que fomos selecionados para morar no Sonho Meu, começamos a ajudar na construção das casas, eu vinha aqui duas vezes por semana trabalhar na obra”, contou.
Foram aproximadamente dois anos para terminar a criação do bairro. “Assim que ficou pronto, bateu uma tristeza, porque a gente gostava de morar lá no Ipiranga. Tudo era perto de nós, o Centro da cidade e alguns serviços. Depois, com o tempo, aprendemos a gostar daqui, que tinha uma estrutura melhor, com água, asfalto e luz”, disse Cleia.
No CEC (Centro de Educação e Cidadania), que fica no bairro, Cleia fez o curso de maquiagem e gostou muito. Neste mesmo espaço, a paróquia São Benedito também oferece catequese para as crianças.
“Aqui é um local tranquilo. Na favela, morávamos em dois cômodos, aqui, são quatro. Hoje, gosto muito daqui”, finalizou Cleia.
Hoje, os moradores do Sonho Meu pagam parcelas das casas, com um valor aproximado a R$120.