População que deixou para última hora para trocar o modelo para o ABC não encontra o produto em Votuporanga
Da Redação
Entrou em vigor desde o primeiro dia do ano de 2015, a lei que aprovou a nova classificação para os extintores de veículos. O motorista que não tiver o equipamento nas condições exigidas de classificação, que é a categoria ABC, corre o risco de ser autuado por infração grave, com o prejuízo financeiro além dos pontos na carteira.
A reportagem passou por vários postos de combustíveis, onde sempre foi comum comprar extintores, porém, nada foi encontrado. João Vilar, proprietário do Posto Vilar conta que a procura é grande e nem mesmo o fornecedor possui o produto. “Estamos com estoque zerado desde o Natal, agora esperamos receber algumas unidades até o fim desta semana, sem contar que a última compra pedimos 200 equipamentos, e recebemos apenas 30, o que agravou ainda mais a situação, pois, não conseguimos atender nem 1% da procura”, contou.
Para Eduardo José Modesto, proprietário da Extintores Confiança, a situação não é diferente. “Voltamos de férias ontem e tínhamos um estoque de mais ou menos 200 unidades, que foram vendidos em menos de duas horas, agora estamos atrás do fornecedor para comprarmos mais, pois a lista de espera está gigante, e a previsão para essa remessa é que chegue até o fim desta semana”, relatou.
Os cilindros estão sendo comercializados com uma média de preço que varia entre R$70 a R$90, o que representa um reajuste de até 40%, para equipamentos de um quilo, utilizados em carros de passeio. Os demais veículos com extintores maiores existem a possibilidade de recarga, já os de carro de passeio são descartáveis com validade para cinco anos e os maiores também com a mesma validade, desde que não seja manutenção, que neste caso a validade é de apenas um ano.
Lei
Foi aprovada em 11 de novembro de 2009 e deu para os motoristas um prazo de cinco anos de adequação. O novo equipamento possui múltipla atuação, isolando materiais combustíveis (classe A), líquidos inflamáveis (classe B) e também fogo nos equipamentos elétricos (classe C). Diferente do BC, que combatia apenas os dois últimos casos, e custava a metade do preço.
O sargento aposentado do Corpo de Bombeiros e hoje proprietário da ExtinMar Extintores, Antonio Marcassi Olivo explicou algumas questões importantes sobre a nova adequação do equipamento. “É comum veículos incendiarem e na maioria das vezes isso acontece, pela falta de manutenção em mangueiras de combustível, falta de reparo na parte elétrica, entre outras causas”.
A lei foi implantada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) sendo assim, o motorista que for pego, com o extintor sem o selo da categoria correta, mesmo que dentro do prazo de validade, será autuado como infração grave, podendo pagar uma multa de até R$172,69 além dos cinco pontos na carteira. Além da obrigatoriedade do item, também está sujeito a mesma penalidade o condutor que for flagrado com o extintor vencido, violado ou vazio. Para isso, foi estipulado um prazo de regularização de cinco anos e dois meses, mesmo assim muitos motoristas, não fizeram a regularização e hoje se encontram em dificuldade, pois a falta do equipamento no mercado é geral, a nível Brasil e em Votuporanga, não está sendo diferente.