Para evitar que animais fiquem doentes, a Prefeitura faz o encoleiramento gratuito
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga está há alguns anos na luta contra a leishmaniose. Foram desenvolvidas diversas medidas preventivas e também de combate à doença. O veterinário da Secretaria Municipal de Saúde, Élcio Sanchez Estevez Júnior, avalia positivamente os trabalhos realizados e conta que houve uma queda nas porcentagens de animais e humanos contaminados etapa a etapa, sendo que em animais, de 30% de positivos, caiu para 7%.
Até o momento, Votuporanga registrou 5.865 cães positivos para a leishmaniose. Em humanos, 63 casos e 15 óbitos.
Entre as ações de combate, foi preciso eutanasiar alguns animais, totalizando 3.749 cães sacrificados até o momento, porque eles poderiam transmitir a doença para humanos.
Para evitar que novos cães fiquem doentes, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza um trabalho de encoleiramento gratuito, na primeira e segunda etapas foram atendidos 16 mil animais. O próximo encoleiramento terá início em 23 de fevereiro.
As ações preventivas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde são a pulverização (controle químico) dos bairros da cidade, manejo ambiental, visita casa a casa, controle de reservatório, pesquisas em vetores, distribuição gratuita de coleiras para os cães do município, trabalho educativo sobre leishmaniose e posse responsável.
“Para 2015, a nossa expectativa é que o número de pessoas e animais doentes diminua ainda mais como resultado do trabalho que desenvolvemos”, disse Élcio.
O veterinário da Prefeitura disse ainda que as cidades da região que têm casos da doença também precisam fazer sua parte para contribuir com a redução dos números da leishmaniose e também não prejudicar as atividades preventivas desenvolvidas em Votuporanga.
Élcio falou ainda que os donos de animais devem procurar o serviço de Vigilância Ambiental de seus municípios caso haja a suspeita da doença.
De acordo com Élcio, a doença em humano tem cura. “Porém, os cães tratados permanecem portadores do parasito. A pessoa que se nega a fazer o exame, fica com o animal doente em casa e coloca em risco a saúde de muita gente”.
É encaminhado para a eutanásia o cão doente, com comprovação em exame; caso o exame dê positivo, mas o animal não apresente sintomas, ele pode ser reexaminado.
O mosquito palha é quem transmite a doença para os cães, que podem contaminar os moradores da casa. Esse tipo de mosquito só se reproduz em lugares úmidos, em restos de plantas e frutos ou no lixo. Se o quintal permanecer limpo, com o lixo embalado, o mosquito não nasce.