De acordo com Danielli Leppos, são 15 funcionários responsáveis pelo serviço, sendo 13 fiscais e dois na área administrativa.
Danielli Leppos é a diretora da Vigilância Sanitária na cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
A Vigilância Sanitária de Votuporanga tem um trabalho constante de inspeção pelo menos duas vezes por ano em cada estabelecimento da cidade. De acordo com a diretora do órgão, Danielli Leppos, são 15 funcionários responsáveis pelo serviço, sendo 13 fiscais e dois na área administrativa.
“Na primeira vez, deixamos a lista de todas as adequações necessárias para o estabelecimento e voltamos pelo menos uma vez para ver se o responsável realizou. Caso não tenha feito o que foi pedido, a gente volta muito mais vezes”, disse Danielli.
As visitas não têm data nem horário agendados para acontecer. “Há uma rotina de trabalho estabelecida entre os fiscais. O responsável pelo estabelecimento é chamado para acompanhar o serviço”, explicou.
Onde há a manipulação de alimentos, como supermercado, restaurante e cozinha industrial, a inspeção é mais complexa. “No geral, a gente pede que o funcionário responsável pela manipulação de alimentos seja treinado em boas práticas, que é um curso de higiene, limpeza, organização, que tenha também atestado de saúde”, contou Danielli.
Uma outra melhoria que a Vigilância tem solicitado é a instalação de banheiros adaptados para pessoas com necessidades especiais e acessibilidade no estabelecimento.
Além disso, há uma para-mentação exigida para quem manipula alimento, a pessoa deve usar touca, camiseta com manga (nunca cavada porque o suor pode cair no alimento), calça comprida, sapato fechado (na maioria das vezes antiderrapante) e um avental. “A luva, a gente orienta, mas dependendo do procedimento que ele trabalha, a de látex normal não pode ser usada. Até 2013, a gente cobrava máscara, porém, pela atualização da legislação, foi banido o uso da máscara”, destacou Danielli.
Atualmente, entre os pontos mais inspecionados estão os ambulantes e, entre os estabelecimentos fixos, os bares e mercearias. “Fazemos a fiscalização ao feirante quando ele dá entrada na Vigilância; visitamos o ponto onde ele vende e a residência onde ele produz”, contou a diretora da Vigilância.
O órgão municipal recebe queixas e denúncias da população. Em 2014, só na área de alimentos, foram 43, a maioria reclamando de falta de higiene. “A população é o melhor fiscal, porque está atenta, tem conhecimento, lê os jornais e assistem noticiários”, comentou Danielli.
Quando a fiscalização é motivada por denúncia, o dono do estabelecimento é comunicado, recebe orientações e, se for muito grave o problema, sem a possibilidade de ser resolvido rapidamente, é aplicada uma multa. “A gente deixa as recomendações. Se o estabelecimento já foi orientado várias vezes a não cometer aquele erro e ainda continua, ele é autuado. Tem caso de local que pode ser até lacrado, em 2014 não tivemos nenhum”, falou a diretora do órgão.
A Prefeitura oferece o curso de boas práticas para ambulantes, em março haverá mais um módulo de treinamento. Quando trata-se de um estabelecimento físico, a orientação é que o dono contrate um profissional para auxiliar.
Para finalizar, Danielli destacou que a Vigilância Sanitária tenta ser parceira dos estabelecimentos, passando orientação para que tudo seja feito da melhor maneira possível. Para denúncias, o telefone é: 3421-5574.
Modelo
Para Danielli, o primeiro passo para um estabelecimento ser modelo é a conscientização do dono. “A partir do momento que ele para de se preocupar com o vizinho dele e adequa o seu estabelecimento, ele consegue ser modelo. Nós temos um manual de boas práticas que pode auxiliar”.
A diretora da Vigilância Sanitária destacou que em Votuporanga há vários estabelecimentos que são modelos tanto de estrutura física e como em procedimentos.
Dengue
Neste ano, os ficais da Vigilância Sanitária estão olhando também os quintais dos estabelecimentos para verificar se eles não estão servindo para a procriação do mosquito da dengue.