Deputado federal licenciado afirma destinar parte de suas emendas para investimentos em Votuporanga
Leidiane
Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Antônio Floriano Pereira Pesaro,
secretário estadual de Desenvolvimento Social, que escolheu Votuporanga para
descansar no período de Carnaval, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da
Rádio Cidade, onde destacou que vai reservar R$1 milhão para a Saúde de
Votuporanga, dinheiro de seu pacote de R$10 milhões como deputado federal.
“Tive 2.500 votos na região de
Votuporanga e agradeço, mais uma vez, a todos que confiaram em minhas palavras.
Vou continuar vindo aqui e continuo deputado federal, estou licenciado do
mandato que vai até 2018. Dia 26 volto ao Congresso como deputado para
apresentar emendas. Tenho o direito a R$10 milhões em emendas, deste valor, R$5
milhões devem ir, obrigatoriamente, para a saúde e vou destinar R$1 milhão para
o setor em Votuporanga”, disse o secretário.
De acordo com Floriano Pesaro, caberá ao
prefeito Junior Marão Juninho definir as prioridades e indicar onde investir o
dinheiro. “Votuporanga é polo regional em saúde e esse valor destinado é o
nosso projeto mais próximo. Depois, vamos atuar em várias áreas, de acordo com
as necessidades do município”, destacou.
O secretário também participou, no final
da tarde, da sessão ordinária da Câmara Municipal. Após convite do presidente
Sérgio Adriano Pereira, ocupou a mesa de trabalhos, acompanhado pela secretária
municipal de Assistência Social, Marli Pignatari. Em seu discurso, Floriano
afirmou que recebeu reivindicação dos vereadores Mehde Meidão e Sílvio Carvalho
sobre a instalação em Votuporanga de uma unidade do restaurante Bom Prato, tipo
de restaurante que serve comida a preço popular. O secretário afirmou que vai
encaminhar o pedido o mais rápido possível à apreciação do governador Geraldo
Alckmin.
Secretário critica o Bolsa Família
Floriano Pesaro explicou que o Programa
Bolsa Escola, criado pelo governo do PSDB na gestão de Fernando Henrique
Cardoso, tinha a intenção de oferecer uma ajuda para que as famílias pudessem
manter seus filhos na escola. “Começamos a dar dinheiro aos mais pobres com o
Bolsa Escola, porque o PSDB sempre entendeu que o que salva uma pessoa e o que
tira da pobreza é a educação de qualidade, não é á toa que os prefeitos do PSDB
são considerados os melhores prefeitos porque têm as melhores notas no Ideb
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”.
Para o secretário, há membros do PT que
não valorizam a educação. “Nós acreditamos na educação, diferente de outros que
dizem que a educação não é importante, que chegou à presidência sem ter
educação. Nós não acreditamos nisso. Isso é um ponto fora da curva, o
presidente Lula é uma exceção, não é a regra. É preciso estudar, sem estudo
ninguém vai longe”.
De acordo com o Floriano, o Bolsa
Família, criado pelo PT, descaracterizou o programa. “Não é que deixa de
controlar, mas flexibiliza esse controle. O importante não é mais a escola, o
importante agora é o dinheiro. Se a gente dá dinheiro, cria uma classe
consumidora, emprega mais, consome mais e vira um ciclo, isso foi o raciocínio
deles. O que eles não contaram é com momentos de crise como a que estamos
vivendo há mais de um ano e vai piorar, vai ter desemprego, porque as pessoas
estão consumindo menos. Não consideravam que o que salva a pessoa é a educação,
a formação delas e não o dinheiro que ela recebe, porque agora não dá mais para
comprar o que comprava antes, porque a inflação já está consumindo a renda do
brasileiro. Se dar dinheiro fosse resolver o problema da pobreza, já tínhamos
resolvido”, declarou.
O secretário explicou que a crise
econômica chegou primeiro em cidades maiores, na capital de São Paulo e nas
regiões de Campinas, Sorocaba e outros municípios. “Aqui na região de
Votuporanga, que é mais rica, com alto nível de desenvolvimento econômico, a
crise demora um pouco mais para chegar, mas o prefeito Junior está preparado
para enfrentar este momento”.
Carreira política
Filho de imigrantes italianos, Floriano
cresceu nas empresas de seus pais, que tiveram uma indústria em São Paulo que
foi uma das maiores produtoras de lingeries, cama, mesa e banho do país. “Trabalhei
dos 18 anos 25 nas empresas, depois revolvi ir para vida pública, porque desde
os 7 anos de idade eu acompanhava a política na televisão. Tinha um quadro no
programa do Silvio Santos que chamava a ‘Semana do Presidente’ e eu assistia
aquilo lá vidrado. Sempre fui muito nacionalista, muito ligado às coisas do meu
país e sempre achei que a política é o caminho mais seguro para a transformação
social do país”.
Quando Fernando Henrique Cardos foi
presidente da República, Floriano ajudou na criação de dois importantes
programas, o Fies, que é um financiamento estudantil para o ensino superior, e
o Bolsa Escola, que hoje é o Bolsa Família.