Depois de um mês, Elias de Matos Junior se recupera de uma operação realizada na perna trocada
Cirurgia foi feita no dia 8 de janeiro, na Santa Casa de Votuporanga
Isabela
Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Após
um mês que realizou a cirurgia no joelho direito, sendo que em exames o que
teria que ser operado era o esquerdo, Elias de Matos Junior, de 40 anos, se
recupera em casa. O marceneiro diz que aguarda o laudo do IML (Instituto Médico
Legal) para poder entrar com alguma ação ou acordo com a Santa Casa de
Votuporanga e com o médico responsável pelo procedimento.
“Da
Santa Casa não tenho do que reclamar, sempre me ligam para saber como estou,
estão me dando apoio. Lá no hospital o atendimento é de primeira, mas o
problema é o médico, que ainda não assumiu o erro”, disse.
Elias
também contou que esteve com o médico depois da cirurgia, mas que o
profissional continuou mantendo o mesmo discurso. “Ele fala que fez um exame
clínico na hora, e então fez a cirurgia no joelho direito, pois ele já estava
todo preparado para a operação”.
Sobre
a sindicância instaurada, a Santa Casa de Votuporanga informou que a Ouvidoria
do hospital encaminhou o caso para a Comissão de Ética Médica que, ao receber a
denúncia, abriu Sindicância Interna. “O hospital tomou todas as medidas
possíveis previstas em lei e o prazo está de acordo com as Diretrizes do
Conselho Federal de Medicina”.
O
marceneiro também disse que está esperando se recuperar da cirurgia para
procurar um profissional especializado em São José do Rio Preto para poder
operar a perna que ainda tem problemas. “Vou tentar fazer particular, para ver
se resolve o problema. Depois do que aconteceu comigo, a gente fica com medo
né”, falou.
Repercussão
na Câmara
O
caso repercutiu na sessão da noite de ontem, na Câmara dos vereadores. Em sua
fala, Mehde Meidão afirmou que tomou conhecimento pelo provedor da Santa Casa,
Valmir Dornelas, que a enfermeira, que teria atendido o paciente, e errado no
procedimento pré-operatório, foi demitida do hospital.
Meidão
também afirmou que o médico estaria respondendo pelo caso no Conselho Regional
de Medicina, mas que procurou a família do paciente para oferecer alguma ajuda
na recuperação.