Médica explica que as cotas dos procedimentos vindas do Estado são mínimas, e se alguém deixar de ir o benefício é perdido
Fabiana Parma foi a entrevistada na manhã de ontem na Rádio Cidade
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
Quem depende dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) para realizar tratamentos médicos sabe que a realização de um exame pode demorar um pouco. Porém, apesar da fila de espera para realizar os procedimentos, há pessoas que faltam na data marcada, deixando o exame perdido.
A secretária de saúde, Fabiana Parma, esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para falar um pouco sobre o seu trabalho e frisou a importância da confirmação das pessoas em realizar os exames agendados pelas Unidades Básicas de Saúde do município.
“Precisamos muito que a população se conscientize em não faltar nos exames agendados, apesar da cota reduzida que temos de exames, fazemos todo um trabalho de ligação, enfim, realizamos de tudo para que a pessoa não perca aquele exame, mas não tem como, ainda assim temos exames que chegam 20% de absenteísmos (falta no paciente do dia marcado)”, disse.
Fabiana ainda comentou que com a falta nos exames, resulta em dinheiro jogado no lixo. “Se a pessoa agenda e não desmarca e eu não consigo colocar outra no lugar, eu perdi o procedimento. Então preciso muito que a população nos ajude, se não vai dar para ir ao exame. Mas, preciso que quem não vá comparecer, que avise a Unidade de Saúde com tempo para colocarmos outra pessoa no lugar”.
A médica também disse que no momento as cotas de exames não são as que gostaria que fossem. “Queríamos ter mais volume, mas infelizmente são pactos das três esferas de governo. Todo mundo sabe que o Estado investe 12% em saúde, o governo federal menos de 10%. Estamos quase chegando a 30%, então os municípios do nosso país estão sustentando a saúde pública”.
Exame no Colinas
Sobre o fato que o A Cidade divulgou na semana retrasada sobre uma pessoa que teve um exame de hemograma marcado para depois de seis meses, a secretária fez questão de se explicar. Ela disse que as informações não foram apuradas completamente, antes de passá-las para o jornal.
“O exame não era um hemograma, era um teste de hormônio, em que utilizamos cotas do estado, e é feito geralmente em pessoas que possuem doenças crônicas. Os médicos colocam no pedido que o exame tem que ser feito de seis em seis meses, mas essa médica não colocou. Então, a agendadora pegou o pedido e colocou ele na fila, ficando agendado para depois de seis meses. Havia um hemograma junto no pedido, mas o teste principal era sobre hormônio. São detalhes que fazem toda a diferença, por isso gostaria de me desculpar”.