Sílvia Rodolfo e Fabiana Parma foram principais alvos e receberam duras críticas; na pauta do dia, projetos foram aprovados
Vereador Mehde Meidão repercutiu reportagem do jornal A Cidade sobre hemogramas no bairro Colinas
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A segunda sessão ordinária da Câmara Municipal em 2015 foi marcada por discursos inflamados de vereadores e de críticas pesadas contra secretárias, em especial as titulares das pastas da Saúde; da Educação e Cultura. As críticas mais duras foram de André Figueiredo e Mehde Meidão, que inclusive chegou a convocar outros vereadores a provocar “um verdadeiro inferno” de fiscalização ao serviço público.
Meidão comentou reportagem publicada no último dia 30 no A Cidade sobre o tempo de espera para realização de hemogramas no Consultório Municipal do bairro Colinas. Em nota publicada, a Secretaria informou que não estava ciente da situação.
“Tomou conhecimento por meio do jornal? Precisa do jornal noticiar? A secretária ganha mais de R$6 mil por mês. Nós vamos fazer o inferno na rede pública de saúde. Convoco os vereadores para fiscalizar. Do jeito que está, não pode ficar”.
Por sua vez, ao falar sobre a Educação, André Figueiredo afirmou na tribuna que a secretária da Educação, Sílvia Rodolfo, passou informação errada sobre o processo de instalação de aparelhos de ar-condicionado nas unidades da rede pública.
“Muito mal informada de que apenas duas escolas estavam com aparelhos instalados. É mentira. O pagamento estava em dia e a empresa tem prazo máximo de 30 dias para instalar”.
Meidão também criticou Sílvia. A bronca do vereador se deve ao fato de que, na semana passada, ela disse em audiência pública que o município não precisa de mata, mas de escolas e creches. O legislador havia questionado os motivos de alunos da rede municipal não usarem uma reserva verde no Vale do Sol para passeios. “Para ela, as crianças não precisam de recreação”.
Carnaval
E, por fim, sobrou para o Carnaval do Bloco Oba! e para a secretária de Cultura e Turismo, Sílvia Stipp. Meidão disse que a festa em Votuporanga deixou de ser de rua, popular. “Aquele Carnaval não é para nós, não tem participação do povo. Fazer uma festa na Concha Acústica como querem é brincadeira. Estamos correndo atrás de bandinhas para fazer shows. Além disso, cada escola de samba vai receber R$10 mil, sem precisar prestar contas”.
Matheus Rodero criticou duramente o modelo de Carnaval na Concha Acústica. “Para mim, não presta. Se eu fosse ela, desistia dessa ideia. Imagina o pessoal pulando nos bancos da Concha. Fui até a Secretaria para propor outros tipos de atrações, pessoal de Votuporanga, mas não recebi muita atenção. A população não merecia uma festa dessa, com banda contratada no pregão”, afirmou
E ainda sobre Carnaval, a falta de permissão para a escola Raça Alvinegra usar a Concha Acústica também gerou críticas contra Stipp. “Não impeça a população de usar o espaço. Cadê os eventos? Não tivemos viradas do ano, como Valentim Gentil teve”.
Projetos
Após os discursos, todos os projetos em pauta foram aprovados pelos vereadores. Destaque para o projeto de Lei número 12 de 2015, que abriu crédito suplementar adicional de R$135 mil para construção, ampliação e reforma do Centro de Lazer do Trabalhador.