Integrantes do PT local voltam a fazer protesto contra a proposta de cargos de comissão para a Câmara Municipal da cidade
Fábio Ferreira
Fabio@acidadevotuporanga.com.br
Durante a 10ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga, integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) local voltaram a protestar contra o projeto de lei 48/2015, que por meio de resolução abre a possibilidade para criação de dois novos cargos comissionados na Casa de Leis. O presidente do Legislativo, Serginho Adriano Pereira, o Serginho da Farmácia, afirmou que deve convocar os demais vereadores para discutir se o projeto segue em tramitação ou é retirado.
Depois da aprovação apertada (7 a 6) na semana retrasada do projeto de lei 36/2015, que antecede o projeto polêmico e concede crédito de R$ 140 mil ao Poder Legislativo, criou-se um clima de instabilidade entre os vereadores.
Na ocasião, vereadores que votaram contra aprovação do projeto (Pedro Beneduzzi, Osmair Ferrari, Jura, Vilmar da Farmácia, Edílson do Santa Cruz e Eliezer Casali) questionaram os que votaram à favor (Gilmar Aurélio, Osvaldo Carvalho, Douglas Lisboa, Walter dos Santos, Matheus Rodero, André Figueiredo e Sílvio Carvalho).
Logo no início da sessão, integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) local começaram a montar um “cabidão” ao fundo do plenário Dr. Octávio Viscardi. Nele, 15 cabides com paletós, fotos e nomes de cada vereador da Câmara Municipal, inclusive Jura, representante do partido no Legislativo. Uma placa ao lado do “cabidão” alertava sobre o protesto: “Quais vereadores são à favor do cabidão?.
De acordo com José Roberto Garcia, presidente local do PT, o protesto tem a intenção de chamar a atenção dos legisladores para que o projeto de cargos de comissão não seja aprovado, caso este venha a votação na Câmara.
“Somos contra a criação de cargos comissionados na Câmara. Este dinheiro é desnecessário para esta finalidade e deve ser investido em outros benefícios à população”, afirmou Beto, que promete o “placar do cabidão” caso o projeto siga para votação. O partido também fantasiou Altair Pedro de Lima de palhaço para assistir à sessão entre o público presente.
O protesto não poupou nem o vereador do partido, Jura, que também teve seu cabide pendurado. “É um protesto democrático que não denigre a imagem de ninguém, e apenas alerta que a população está de olho nas decisões de cada vereador. Não vejo nenhum problema neste tipo de manifestação”, comentou Jura.
A discussão ficou mais acalorada quando Douglas Lisboa, do PSDB, usou a tribuna para questionar o motivo do protesto. “Respeito toda militância, mas o PT seria o último partido a ter qualquer tipo de moral para falar de cargos comissionados. Segundo dados estatísticos, recentemente o partido criou mais de 4.500 cargos deste tipo no Governo Federal”.
Questionado sobre o andamento do projeto, que foi suspenso da ordem do dia, o presidente Serginho da Farmácia admitiu que reunirá os vereadores o quanto antes para discutir a retirada do projeto. Nos bastidores, a retirada já é dada como certa entre alguns vereadores, que acreditam que o presidente não deve desgastar a imagem do Legislativo com a votação de tal proposta.
Aprovados
Todos os projetos que estavam na Ordem do Dia foram aprovados por unanimidade. Entre eles o de Lei Complementar número 012 de 2015, o projeto de lei número 043 de 2015, para a denominação de rua Welber Remanaschi Ferrarezi, o projeto de lei número 044 de 2015, que dispõe sobre a denominação de rua Wilson Dinei de Souza e o projeto de lei número 045 de 2015, que denomina a rua Cleonice Aparecida Paixão.