Funcionários também passam a receber R$200 de alimentação; alguns vereadores voltaram a questionar ausência de assiduidade
Douglas Lisboa fez apresentação sobre o projeto de reajuste de 7,18% para os servidores
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
A 9ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal votou e aprovou ontem os oito projetos de Lei da ordem do dia. O mais aguardado deles, e que rendeu mais debates, concedeu reajuste de 7,18% aos servidores públicos municipais, mais R$30 para auxílio alimentação, que passa para R$200. Entretanto, alguns vereadores lamentaram a ausência do prêmio assiduidade, que dá bônus a trabalhadores que não faltam. Outros voltaram a defender cortes em cargos de comissão, para que a economia seja revertida ao salário dos concursados.
O Poder Executivo apresentou para a votação, o projeto de lei 38 de 2015, que institui o benefício do auxílio alimentação de R$200 entre os meses de março de 2015 à fevereiro de 2016. A despesa será de R$170 mil. Já o 39, concede reajuste salarial aos servidores municipais ativos, inativos e pensionistas em 7,18%.
Douglas Lisboa foi à tribuna e afirmou que os projetos deram entrada na Câmara no dia 13 de março, após uma reunião com vereadores e prefeito Junior Marão. Segundo o legislador, durante dez dias, o projeto seguiu em discussões com os servidores públicos municipais, que em sua maioria, teriam concordado com o teor da proposta.
Por sua vez, Jurandir Benedito da Silva, o Jura, fez questão de lembrar que o projeto trata da reposição inflacionária do último ano, e não de um aumento. “Aumento seria a proposta do Sindicato, que sugeriu a reposição da inflação, mais 3%.”
Jura pediu que o próximo prefeito, que será eleito no ano que vem, que coloque em seu plano de governo a diminuição de 30% dos cargos de comissão de Votuporanga. Segundo Jura, quem “paga o pato é o servidor que ganha menos”. Jura sugere que o valor da economia de uma eventual extinção de alguns cargos de comissão seja incorporado automaticamente nos salários dos servidores municipais de carreira.
Os vereadores Eliezer Casali e Edilson Pereira Batista, o Edilson do Santa Cruz, engrossaram o coro. De acordo com os legisladores, se acatada, a ideia renderia R$200 reais, cerca de 30% de aumento aos concursados. Edílson e Eliezer também lamentaram a ausência do prêmio assiduidade na posposta apresentada pelo Executivo.
Por sua vez, Osvaldo Carvalho, que substituiu o presidente Sergio Adriano Pereira na mesa diretora, que esteve ausente da sessão por motivo de viagem, pediu para que, no ano que vem, a discussão de reajuste seja antecipada pelo Poder Executivo para outubro. Segundo Osvaldo, o projeto chega de última hora, e se não for votado, deixa os servidores sem reposição.