Sujeira chega perto da altura do telhado e atrai ratos e insetos; Secez fez duas visitas ao imóvel e recolheu criadouros de dengue
Residência foi desocupada em dezembro; mato alto tomou conta dos fundos do imóvel
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Moradores do Jardim Canaã, em Votuporanga estão inconformados com uma situação que causa risco à saúde pública na região Norte da cidade. Um imóvel abandonado está tomado pelo mato na altura do telhado. A casa está localizada no meio de um quarteirão bastante populoso, cercado por várias residências. Resultado: cenário ideal para focos de criadouros de mosquitos da dengue e proliferação de animais peçonhentos.
Segundo denúncias dos moradores, a residência fica na rua Antonio Souza Figueiredo, no jardim Canaã, e tem sido uma enorme dor de cabeça para quem mora nas redondezas. Os últimos moradores deixaram o imóvel, que estava alugado, em dezembro, e desde então, o mato alto e a sujeira tomaram conta.
Aos fundos da residência, um enorme matagal se propagou, e atinge a altura do muro. A dona de casa Rita de Cássia Cordeiro Molina mora do lado direito da casa, e está muito preocupada com a situação. Ela explica que funcionários do Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses) foram ao local no mês passado, tiraram fotos, informaram que os responsáveis seriam notificados e até jogaram detergente no vaso sanitário do banheiro, que estava como foco de reprodução do mosquito da dengue. Entretanto, nada foi feito para cortar o mato e recolher certa quantidade de lixo que está aos fundos do imóvel abandonado. “Fica difícil, o tanto de reclamação que fizemos e não surtiu efeito. Enquanto isso, temos que conviver com rato, barata, mosquito, escorpião e aranha. A gente fica de pés e mãos atadas, não sabe mais o que fazer”.
O vendedor Marcelo Pacheco Rodrigues mora aos fundos, e também tem problemas com a casa abandonada. Ele relata que há infiltrações no muro e teme por problemas de saúde na família. “Está tendo muito inseto, infiltração nas casas em volta, sem falar na falta de cuidado com o mato dentro do terreno”.
A casa do carreteiro Edson de Almeida, e da mãe dele, Maria de Lourdes Almeida, aposentada, fica à direita do imóvel abandonado. E os moradores também disparam a lista de reclamações. A começar por uma erosão no quintal da outra casa que está danificando a estrutura da garagem dele. Eles também afirmam sofrer com a presença de insetos e animais peçonhentos.
Secez acompanha o caso
Por meio da assessoria de comunicação da Secretaria Municipal da Saúde, o A Cidade foi informado de que no dia 2 de fevereiro os agentes de endemias do Setor de Controle de Endemias e Zoonoses (Secez) foram até o local e verificaram mato alto e a residência em situação de abandono. No momento foram eliminados vários criadouros de dengue.
A supervisora da área entrou em contato com o proprietário da casa que mora atualmente em São Paulo; o mesmo comprometeu-se a realizar a limpeza. No dia 19 de fevereiro, uma nova visita foi realizada pela equipe e mais uma vez os criadouros do mosquito aedes aegypti foram recolhidos e foi constatado que o mato continuava alto. Diante da situação, a supervisora da área entrou em contato com o setor de fiscalização da Prefeitura solicitando providências. O Secez continua acompanhando o caso.