Escola Uzenir Coelho Zeitune também foi uma das unidades que aderiu ao movimento e interrompeu as atividade ontem
Isabela Jardinetti
Uma paralisação dos professores estaduais atingiu seis escolas em Votuporanga no dia de ontem. Manoel Lobo, Uzenir e Cícero tiveram adesão total dos profissionais, já no Esmeralda, SAO e Enny, o movimento foi parcial.
O dirigente regional de ensino de Votuporanga, José Aparecido Duran confirmou que as unidades escolares participaram da greve que atinge todo o estado de São Paulo. “Da semana passada para cá os professores mudaram de ideia e decidiram fazer a paralisação. Porém, na segunda-feira, as aulas vão retornar normalmente”, disse.
Ele informou ainda que os professores terão que repor este dia de protesto. “Eles vão ter que cumprir o calendário escolar de 200 dias de aula. Mas, acredito que esta paralisação foi pontual em solidariedade ao movimento”, contou.
Os professores reivindicam melhores condições de trabalho, o que inclui o desmembramento das salas superlotadas, melhorando assim as condições para docentes e estudantes, e aumento de 75,33% para equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior, conforme estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE).
Segundo a Apeoesp, a Secretaria da Educação fechou 3.390 classes, sendo 3.300 apenas de ensino médio, neste ano. O dado é referente a 73 regiões do estado. A ação agravou a superlotação. Turmas do ensino regular chegam a ter 60 alunos por sala e as classes de Educação de Jovens e Adultos (EJA), até 91 alunos. Além disso, o governo estadual cortou verbas das escolas, muitas das quais não têm recursos nem sequer para comprar papel higiênico.
Quanto aos recursos humanos, foi reduzido o número de coordenadores pedagógicos, profissionais fundamentais para o planejamento e execução do trabalho pedagógico nas escolas, o que piora ainda mais a qualidade do ensino.