Moradores contam sobre as conquistas do local, como o asfalto e o pontilhão que liga o lugar para o Centro da cidade
Isabela Jardinetti
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O bairro São Cosme e São Damião foi criado em abril de 1979, com 316 lotes. Afastado do Centro, o bairro fica do outro lado da rodovia Euclides da Cunha. O maior sonho da população era a construção de um viaduto que ligasse o lugar ao outro lado da pista, o que aconteceu só na década de 90.
Atualmente, a região possui mais de 30 estabelecimentos comerciais, entre eles os que se destacam mais são os de serviços automotivos, como oficinas mecânicas.
Maria Dolores Cabral de Souza tem 50 anos e se mudou para o bairro em 1980, ela contou que no local havia poucas casas na época. “Era um buracão aqui em frente onde eu moro, as ruas de terra e um pomar muito grande de laranja. Não tinha vendas, nem o pontilhão”, disse.
Hoje, Maria já se acostumou com o lugar e disse gostar muito de onde mora. “Agora temos escola, posto de saúde, mercearias, praça com brinquedos para levar as crianças. Acompanhei todo esse progresso e fico muito feliz em estar aqui”, disse.
Já Dimas Francisco dos Santos, de 56 anos, mora há 36 no bairro, onde constituiu família e criou os filhos. “Cheguei aqui com 20 anos, e não tinha casas quase, havia plantação de laranja, de café e sítios. Não havia asfalto e as ruas todas esburacadas. Mas sempre gostei daqui, a vizinhança é muito boa e tranquila”, disse.
A dona de casa Eva Alves da Silva, de 76 anos, reside no local há 20 anos. “O que mais cobrávamos era o asfalto, que veio faz nem dez anos. Eu tinha que colocar tábuas para poder entrar com o carro na garagem, pois chovia e a terra virava lama e formavam muitos buracos. A única coisa ruim é o bairro ser longe do Centro, quando não tinha o pontilhão as pessoas se arriscavam a passar pela rodovia, hoje temos mais segurança”, contou.
Maria Edília da Silva, de 57 anos, mora no local faz 25 anos, ela contou como foram acontecendo as mudanças no bairro. “Era difícil para ir para o Centro, ou você atravessava a rodovia, ou tinha que andar mais. Antigamente tinha circular, mas hoje facilitou mais, porque os ônibus passam mais vezes. Gosto muito daqui, não troco minha casa por outro lugar, a não ser para uma no Centro”, brincou.
A amiga de Maria, Aparecida Caporalino, de 72 anos, reside no bairro há 30 anos e contou que herdou a casa dos pais. “Moro em um local muito bom, minha rua é tranquila, os vizinhos todos simpáticos, me sinto muito bem aqui”, disse.