Conjunto Habitacional tem, na verdade, o nome de Votuporanga C, mas ganhou apelido dos moradores da cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Conhece o Conjunto Habitacional Votuporanga C? Não? E o bairro Jabuticabeiras? Esse, sim, né! Pois é, eles são exatamente o mesmo lugar. Acontece que os pés de jabuticabas do local chamam tanta atenção que os moradores de Votuporanga passaram a chamar o local de Jabuticabeiras.
O bairro foi aprovado com 98 lotes, beneficiando moradores por meio do programa habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).
“As jabuticabas daqui são famosas. Quando é a época do fruto, as pessoas vêm buscar aqui. Elas acabam rapidinho, não sobra nada, porque é muita gente que gosta”, contou Aparecida Moreira, que há 21 anos mora no local.
Nascida na Bahia, na cidade de Boa Vista do Tupim. Veio de lá aos dois anos de idade, cresceu em Álvares Florence, onde se casou com Valdivino Moreira.
Há 30 anos o casal mora em Votuporanga, no Jabuticabeiras há 21. Tiveram 10 filhos, um faleceu. A residência no bairro é a primeira própria da família e foi motivo de muita satisfação.
“Fomos uns dos primeiros a pegar as chaves e mudar para a casa. Na época, não tinha asfalto aqui, ele foi colocado uns dois ou três anos depois. Energia elétrica, água e esgoto já tinha”, contou.
Aparecida lembra que na época, assim que as casas foram entregues, os moradores ficavam até meia-noite, uma hora da manhã nas calçadas, sentados, conversando. “Hoje não é mais assim, as pessoas ficam mais dentro de suas residências, o trânsito o bairro ficou mais violento, com veículos passando pela rua em alta velocidade. Tem que tomar mais cuidado. Sem contar que a iluminação aqui não está muito boa”, lamentou.
Destes 21 anos vivendo no bairro, Aparecida contou que conheceu muita gente, viu muitos chegando e outros indo embora para bairros diferentes.
Para melhorar o Jabuticabeiras, Aparecida citou que é importante reparar a iluminação pública, podar as árvores e instalar uma lombada na rua que mora, a Francisco Bortolozo, para coibir o excesso de velocidade.