A mãe da criança de 1 ano, Juliana Rodrigues de Souza, foi informada pela polícia da análise feita pelo instituto de criminalística
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Juliana Rodrigues de Souza, mãe do menino de 1 ano e 7 meses, que foi mordido na creche onde estudava em 31 de outubro do ano passado, disse que foi comunicada pela Delegacia de Votuporanga que a análise realizada pelo instituto de criminalística, em São Paulo, apontou que a mordida é de um adulto.
A mãe do menino deve comparecer na delegacia na próxima semana para ter acesso aos documentos enviados pela Polícia de São Paulo e pedirá prosseguimento da ação contra os responsáveis pelo cuidado da criança.
“Espero justiça com relação a este caso. Mentiram para mim, dizendo que meu próprio filho se mordeu. A Prefeitura disse que arquivou a sindicância que realizou por falta de provas, mas, agora, tenho como pedir que apurem o problema”, destacou Juliana.
O menino estudava no Cemei “Maria Lygia Bertoncini Leite quando foi mordido. Pelas imagens das câmeras da escola, Juliana apontou na delegacia a possível agressora, que também será ouvida.
A mãe contou ainda que pouco tempo depois do episódio da mordida, o menino voltou da creche com o braço quebrado.
Para trabalhar com mais tranquilidade, Juliana pediu a transferência do menino para outra unidade educacional. Hoje, ele estuda no Cemei Valter Peresi, na Vila Paes.
Arquivamento da sindicância
No início de fevereiro deste ano a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, finalizou a sindicância que investigava a mordida no menino. A Administração Municipal informou que o processo foi arquivado por falta de provas, já que as imagens das câmeras de segurança não mostram ninguém mordendo a criança e todas as testemunhas foram unânimes em afirmar que não viram ninguém que pudesse ter praticado o ato.
“Não foi possível responsabilizar nenhuma pessoa, pois as imagens não mostram ninguém praticando o ato e os depoimentos das testemunhas também não”, disse a Prefeitura. A Secretaria da Educação ressaltou ainda que os educadores infantis e técnicos em educação são capacitados constantemente e que o município instalou as câmeras de monitoramento em todos os ambientes das escolas para dar maior tranquilidade aos pais e transparência no trabalho desenvolvido no cotidiano das unidades.
“Embora a mãe alegue que a mordida tenha sido causada por um adulto, não há laudo pericial que comprove o fato. Durante os depoimentos, as testemunhas ouvidas informaram que acreditam que a mordida foi provocada pelo próprio garoto já que, ao ser notada, o braço dele ainda estava com bastante saliva. A Comissão concluiu que o processo poderá ser reaberto caso surjam novas provas como, por exemplo, o laudo pericial do IML (Instituto Médico Legal)”.
O caso
No dia 31 de outubro do ano passado, Juliana foi buscar seu filho, na época com um ano e dois meses, da creche e constatou que o mesmo tinha uma mordida em seu braço esquerdo. Na outra semana, a mulher registrou um Boletim de Ocorrência e pediu para a Secretaria da Educação as imagens das câmeras de segurança da escola.