O presidente da Fiesp rebateu críticas de que o projeto seria prejudicial aos trabalhadores
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e Ricardo Zaccarelli
Leidiane Sabino
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Para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o projeto de lei (PL 4330/2004) que pretende regulamentar a terceirização dos contratos de trabalho deve gerar emprego, estabilidade e organizar um sistema que está “totalmente solto e prejudica todo mundo”. A posição é do presidente da federação, Paulo Skaf. Ricardo Zaccarelli, diretor regional da Fiesp, também concorda com a proposta de terceirização.
“Sou totalmente favorável a esta iniciativa, que vai dar mais segurança jurídica aos trabalhadores já terceirizados e contratantes. Com a terceirização, todos os trabalhadores passam a receber os benefícios que têm direito”, destacou Zaccarelli para o jornal A Cidade.
Para Zaccarelli, a regulamentação da terceirização vai gerar empregos e também formalizar a situação de muitos trabalhadores.
“Com a regulamentação do trabalho terceirizado, o Brasil irá se alinhar às mais modernas práticas trabalhistas do mundo. Nos últimos anos, a contratação de serviços de terceiros ganhou participação relevante no mercado de trabalho, de tal forma que a regulamentação de regras de contratação irá proteger e garantir direitos fundamentais de milhões de prestadores de serviços já em atividade no país”, disse Skaf.
O presidente da Fiesp está em Brasília acompanhando as discussões sobre o projeto e rebateu críticas de que o projeto seria prejudicial aos trabalhadores. “Todos os direitos dos trabalhadores serão preservados. E todos os funcionários da empresa prestadora de serviços serão registado pela CLT, com todos os direitos que a lei determina hoje. Quem fala que há uma perda de direito, não está falando a verdade”, disse o presidente da Fiesp.
A Fiesp realizou uma pesquisa por meio do Instituto GPP para tentar descobrir o grau de conhecimento que as pessoas têm em relação a terceirização.
Com relação aos trabalhadores entrevistados, 83,8% acham que a lei é positiva; das empresas que participaram da pesquisa, 81,0% que se posicionaram em relação à regulamentação da prestação de serviços de serviços terceirizados, 92,1% são a favor da regulamentação.
Opinião
O empresário Rolandinho Nogueira, ex-vice-presidente regional da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) também é favorável à proposta de terceirização. “Esta ideia é bem vista. Ela não vai atrapalhar o trabalhador, desde que sejam mantidos os direitos. Além disso, deve gerar empregos no país”, disse.