O Secretário de Habitação Rodrigo Garcia apontou que a região abrangida pela AMA tem 3.930 moradias em construção
Leidiane Sabino
O secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, proferiu palestra ontem no IX Congresso dos Municípios do Noroeste Paulista, apresentando as ações habitacionais realizadas nos últimos anos pela pasta, com destaque para a região abrangida pelos 124 munícipios da AMA. Apesar da crise econômica brasileira, ele destacou que a implantação de conjuntos habitacionais no estado não para.
Rodrigo disse que, por meio da CDHU já foram entregues 58.641 unidades habitacionais na região, o que representa mais de 234 mil pessoas atendidas. Atualmente, estão em obras 3.600 moradias, e outras 5.102 programadas.
Já, via Casa Paulista, a Secretaria da Habitação viabilizou 6.787 moradias populares na região, beneficiando mais de 27 mil pessoas. São 2.723 unidades habitacionais entregues, 3.930 em andamento e 134 programadas. Paralelamente, viabiliza 2.448 lotes urbanizados, sendo 1.838 entregues e 610 em andamento.
Apesar da crise, o secretário disse que a inadimplência de mutuários da CDHU caiu nos últimos três meses.
Ele contou ainda que o estado de São Paulo destina 1% do ICMS para habitação. “Verificamos que há um déficit habitacional de um milhão em São Paulo. A maioria na região metropolitana, cerca de 280 mil unidades resolvem o problema do interior”, explicou Rodrigo.
Mesmo com o recurso destinado pelo estado para o setor, Rodrigo acredita que nas próximas décadas, não será possível fazer estes investimentos. “Todos os recursos estarão comprometidos com saúde, educação e previdência social. Isso fará com que o país tenha no futuro dificuldades para realizar alguns investimentos. Temos pouco prazo para avançar. Não sei até quando São Paulo terá o 1% do ICMS para habitação”.
Rodrigo falou ainda que a CDHU tem feito moradias para cidades menores e que o Casa Paulista investirá, por meio de parcerias com o Governo Federal, nos outros municípios. O prefeito Junior Marão, prevendo a possibilidade do Governo Federal não realizar mais moradias por meio do Minha Casa, Minha Vida, faixa 1, que é o que tem prestações mais baratas, solicitou que a Secretaria Estadual da Habitação continue atendendo as cidades com mais de 50 mil habitantes.
O presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), Marcos Penido, também no evento, destacou que o governador Geraldo Alckmin diz que as pessoas não vivem na Federação, nem nos Estados, elas vivem nas cidades. “Por isso, estamos aqui, para reforçar as parcerias com os prefeitos, que são quem atende aos 40 milhões de paulistas”.
Sobre o andamento das obras, Penido destacou que nenhuma foi paralisada. “Repactuamos nosso cronograma e a CDHU está honrando em dia os seus pagamentos”, concluiu.