A Secretaria Municipal de Direitos Humanos recebeu desde quinta-feira (5/11) várias ligações de munícipes relatando insatisfação com a redução das linhas do Transporte Cidadão em Votuporanga, realizada pela empresa Itamarati, responsável pelo serviço.
Sendo assim, o secretário municipal de Direitos Humanos, Emerson Pereira, decidiu ir na tarde desta sexta-feira ao Terminal Rodoviário para mobilizar um abaixo-assinado dos usuários do transporte coletivo. Na próxima semana o trabalho será retomado.
Reclamações
Emerson ouviu cada morador da cidade que mostrou-se insatisfeito com as mudanças. Aparecido Marques de Souza, 48, está preocupado com as pessoas que virão de outras cidades. Claudete Ramos do Amaral, 57, usa a circular todos os dias, mas teme que seja prejudicada aos domingos, dia em que existe a possibilidade de ter redução das linhas.
Luair Pieroni, 74, mora no Parque Roselândia e lamentou as mudanças. “Não tenho habilitação e dependo da circular”.
Fabiana de Jesus da Silva, 28, mora no Monte Alto e precisa da circular para tudo. “Eu sempre uso o transporte coletivo a noite para ir à igreja, passear na casa dos meus familiares. Agora, haverá mudanças até para mim”, destacou.
Fausto Pereira Marques opina que a mudança pode prejudicar também a empresa responsável pelo transporte coletivo. “Vai ter queda para eles também”, disse.
“Não temos opção: é a circular que é o nosso único meio de transporte coletivo barato, porque moto-táxi é muito caro. A empresa tinha que colaborar, não piorar para nós”, falou Silvana Francis da Cunha, 36, mora no bairro Patrimônio Velho.
Medidas
Emerson convidará o coordenador de filial da Itamarati em Votuporanga, Rodrigo Luiz de Oliveira, e o secretário de Trânsito, Transporte e Segurança, Alberto Casali, para mostrar as reivindicações dos moradores. A reunião deve ser marcada para o início da próxima semana.
“Em meia hora, tivemos mais de 40 assinaturas regis-tradas. Isso mostra a insatisfação da população com esta mudança. Acreditamos que os horários retirados estavam sendo importantes, pois aos finais de semana passeavam, iam para igreja. As pessoas que trabalham aos domingos relataram grande preocupação. Temos que nos atentar também que em breve o comércio ficará aberto em horário especial, até as 22h, e os comerciantes também podem perder com a nova readequação das linhas”, encerrou.