De acordo com a Polícia Federal, médica saía da unidade para resolver problemas particulares.
Médica conversa com professor de violão durante o horário de trabalho, segundo a PF (Foto: Reprodução/TV TEM)
A Polícia Federal indiciou por estelionato duas médicas que atendem em unidades básicas de saúde de Jales (SP). Segundo as investigações elas não cumpriam a carga horária e saiam para tratar de assuntos particulares no horário do expediente.
A equipe da polícia fez imagens durante as investigações. De acordo com a PF, elas foram feitas durante o horário de trabalho de uma das medicas. Em uma das imagens, a profissional conversa com o professor de violão na frente da casa dela pouco depois das 16h, horário que ela deveria estar trabalhando.
O horário da médica na unidade básica de saúde de Jales, segundo a investigação, nesse dia seria das 13h às 17h. Em outra gravação feita num outro dia mostra a médica saindo do cabeleireiro às 16h30, horário que ela também deveria estar atendendo.
As investigações duraram aproximadamente dois meses e começaram depois que o próprio delegado da Polícia Federal, Cristiano Pádua Silva, percebeu que uma das medicas saiu da Unidade Básica de Saúde durante o horário de trabalho.
“Eu estava fazendo tratamento em uma das unidades de saúde de Jales e presencialmente verifiquei que a médica responsável em diversas ocasiões saía em horários com pacientes na unidade. Por meio de diligências procuramos se havia outros médicos que saíam em horários indevidos e encontramos outra médica”, afirma o delegado.
Ainda de acordo com o delegado durante o depoimento as médicas prefeririam ficar em silêncio, mas outras testemunhas foram ouvidas e confirmaram a irregularidade. O inquérito foi concluído e será encaminhado para Justiça. “Ficou comprovado com prova documental e testemunhal, que elas não cumpriam a carga horária, forjavam o que constava no relógio de ponto, o que configura em estelionato majorado”, diz.
A Polícia Federal disse que vai pedir ainda a devolução do dinheiro das horas pagas irregularmente. Ainda segundo a PF, as médicas ganham cada uma , R$ 14 mil por mês. Uma das médicas indiciadas negou a irregularidade. A outra médica não foi encontrada para falar sobre o assunto. A prefeitura de Jales disse que ainda não foi notificada do inquérito.
Fonte: G1