Não chove na região desde o dia 21 de maio. Com tantas queimadas, a poluição piora e a umidade relativa do ar tem ficado abaixo de 30%
Fumaça de queimada piora a qualidade do ar na região (Foto: Reprodução/TV TEM)
ão chove na região noroeste paulista há mais de dois meses e o tempo seco vem trazendo problemas respiratórios para os moradores, além das queimadas que aumentam nesse período de estiagem. Com isso, a poluição aumenta e a qualidade do ar piora consideravelmente. Não chove na região desde o dia 21 de maio.
Na segunda-feira (31), por exemplo, o sistema de monitoramento de queimadas por satélite do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Especiais, mostrou dez focos de incêndio em Olímpia (SP), a quarta cidade do Estado de São Paulo que mais registrava queimadas naquele dia.
A situação é de alerta para toda região, onde foram registrados desde o começo do ano mais de 31 mil focos de incêndio. Com tantas queimadas, a poluição piora e nas últimas semanas, a umidade relativa do ar tem ficado abaixo de 30%.
“A OMS, Organização Mundial de Saúde, recomenta um valor em torno de 60%. A umidade do ar é importante porque ela umidifica as vias respiratórias, com o ar seco, agrava a qualidade do ar”, diz o engenheiro da Cetesb José Mário Ferreira.
A fumaça também é prejudicial, principalmente para quem já tem problemas respiratórios. Como é o caso da aposentada Maria Aparecida de Jesus, de 57 anos. Ela tem asma e sofre demais nesta época do ano. “Faço inalação de manhã, tarde e noite, mas mesmo assim é muito ruim. Estou sempre com falta de ar, é muito ruim para dormir”, afirma.
Nos postos de saúde já é possível ver os reflexos desse tempo seco. Na unidade básica de saúde do Parque Industrial, por exemplo, que funciona durante a noite, o movimento de junho e julho já aumentou em torno de 30%.
Fonte: G1