Leidiane Sabino
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Dos 2.156 exames de leishmaniose realizados em Votuporanga no ano de 2012, 340 casos foram confirmados. Estes dados mostram que a população precisa redobrar os cuidados com os seus quintais para não perderem seus animais e até mesmo serem atingidos pela doença. Juliana Aparecida Teixeira, moradora da Vila América, procurou o Jornal A Cidade para dizer que em seu bairro vários animais já foram sacrificados por causa da doença e pedir mais fiscalização nos quintais da cidade.
Juliana cobra visitas dos agentes nas casas com orientações sobre a doença. “Somente sacrificar os animais não resolve, é preciso cobrar do morador que ele limpe seu quintal. O pessoal da dengue passa sempre, mas nunca vi visitas com orientações sobre leishmaniose”, falou.
A leishmaniose é uma doença grave, que atinge homens e cães. O mosquito palha transmite a doença para os cães e assim pode contaminar os moradores da casa. Esse tipo de mosquito só nasce em lugares úmidos, em restos de plantas e frutos ou no lixo. Se o quintal permanecer limpo, com o lixo embalado, o mosquito não nasce.
Para se ver livre da leishmaniose, é importante manter casa e quintal limpos, colocar telas nas janelas, embalar sempre o lixo e não deixar o cachorro dormir dentro de casa.
Segundo o Secez (Setor de Controle de Endemias e Zoonoses), as visitas nas casas para vistoria de quintais acontecem quando há denúncias anônimas. E a solicitação para o exame no animal possivelmente contaminado deve ser feita pelo próprio dono do cão, a equipe do Secez vai até a casa e coleta o material. O Secez afirmou ainda que os agentes de saúde recebem treinamento constante para orientar os moradores sobre a dengue e leishmaniose.
Aos moradores, o Secez orienta que seja feito o manejo ambiental (limpeza de quintais) com frequência - retirada de folhas, frutos e materiais orgânicos; é preciso ficar atento aos sintomas em seres humanos.
Quando é confirmada a doença em algum cão, o Secez vai até a casa onde ele vivia para verificar se há sintomas da doença no humano. Há o acompanhamento durante dois anos dos familiares nas casas onde foram confirmados casos em animais.
O Secez faz campanhas preventivas com a distribuição de folhetos e cartazes e ainda oferece informações em programas de rádio.
Sinais da leishmaniose em pessoas: febra, falta de apetite, fraqueza e barriga inchada. Sintomas em cães: feridas, queda de pelo, magreza, olhos lacrimejantes e crescimento das unhas.
Para o esclarecimento de dúvidas e denúncias, o morador pode entrar em contato por meio dos telefones: 3405/9786 / 3422-6273.