Pois é, foi só ameaçar “chamar a rota” e a ordem de serviço da Euclides da Cunha foi assinada. Mas, por favor, entendam esse comentário como uma brincadeira, mesmo porque, felizmente e finalmente, a ordem foi dada. Queira Deus que nada mais impeça a duplicação da rodovia, pois, sua segurança será muito maior no futuro e muitas vidas deixarão de serem ceifadas.
A vinda do governador Goldman, que modestamente disse estar apenas assinando um ato cujo projeto foi desenvolvido no governo de seu antecessor, demonstrou que o nosso jovem prefeito tem prestígio no Bandeirantes. As verdades precisam ser ditas.
Por outro lado, até o secretário dos Transportes sentiu-se animado a dizer que era um dos pais da criança. Pena que foi um parto prolongado. Resta saber, um dia, até porque a história é sabia nessas coisas, de quem foi a culpa pelo atraso.
Sem dúvida muitos trabalharam para que a estrada pudesse sair do papel. Como muitos deles estão em campanha deixo para citar-lhes os nomes em outra oportunidade. Parabéns a todos, mesmo para os pais tardios.
Mas, mudando um pouco de assunto, e falando da campanha presidencial, vamos nos ater a alguns poucos fatos importantes que não estão sendo discutidos com a ênfase necessária. Acredito mesmo que isto esteja acontecendo porque os eleitores não estão exigindo e se contentam com a farra das denúncias e trapalhadas gerais. Só que num país sério o povo não vive de trapalhadas e sim de ações positivas e propostas de “gente grande”, de pessoas que, entendemos, já deveriam estar se apresentando como verdadeiros estadistas. Não é isso que está acontecendo.
Ficando apenas com os dois candidatos mais cotados: um deles está gastando seu precioso tempo com denúncias, verdadeiras até, mas ninguém lhe ouve; a outra não diz nada que nos possa fazer entender que mudanças sérias poderão acontecer no próximo governo. Pelo visto vamos eleger o próximo presidente, ou presidenta, sem ter muita noção de nosso futuro.
Como exemplo: ninguém diz com clareza o que pretende fazer com a Reforma Política, apenas divagam. Também, não explicam, e eles sabem disto, que se não houver a Reforma Política fica praticamente impossível fazer a Tributária.
Se o Brasil quer se considerar inserido entre os grandes países do planeta, está na hora de aprender que as grandes questões nacionais são discutidas em uma campanha política. Pelo visto não será nesta campanha que estes e outros temas serão discutidos com seriedade e transparência. Pela idade que este articulista já está, fica difícil saber se será para o tempo de minha geração. Aguardemos!
Mas, como nada disso acontece, vamos ligar nosso “desconfiômetro” e cuidar de resolver os problemas de nossa região. Vamos nos defender dessa avalanche de políticos brincalhões e irresponsáveis, que ficam dando maus exemplos às nossas crianças e aos nossos jovens, e procurarmos eleger em nossa região aqueles que chamo de candidatos NOSSOS. Votar fora disto é perder o direito de reclamar sobre as coisas locais, mesmo estando todos nós em uma democracia onde cada um vota em que quiser. O exemplo da luta unida em favor da Euclides da Cunha é uma prova evidente que devemos enviar para a Assembléia Legislativa e para Câmara Federal quem mora por aqui e não os “passageiros de trem bala”.
Lembrem-se daquele famoso ditado popular: “Quem engorda o porco é o olho do dono”. Até o Lula sabe disto, pois já disse a frase. Portanto, cuidemo-nos.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados