Passadas as eleições alguns boatos vão tomando forma e, com isso, causando apreensões em alguns setores, ao mesmo tempo em que vamos nos surpreendendo com algumas indicações da futura Presidente. Por sinal, devemos dar a Dilma um voto de confiança e torcer para que faça um bom governo.
Mas, o primeiro boato que aparecia em letrinhas minúsculas no noticiário é o caso do arrocho, ou escrevendo mais bonito: “do ajuste fiscal”. E, igualzinho no final do Plano Cruzado agora vem a conta para ser paga, por todos. E tem mais, não devemos ser contra, até porque é uma necessidade, apenas devemos ficar entristecidos por ver que a marolinha aumentou de tamanho.
Também, e não percam este boato de vista, alguns pretendem ressuscitar alguma coisa tipo CPMF. No período de eleições todos eram contra.
O bom mesmo é torcer para que os deputados em quem votamos não façam parte dos “aumentadores de impostos”, caso contrário, vamos ter de amargar outros quatro anos.
E, agora misturando um pouco os assuntos, dia desses na padaria do Dito (ou do Alemão?) um simpático leitor me disse: Quero ver o senhor falar de cigarro e ver o senhor parar de fumar. Só tenho de agradecê-lo pela preocupação. Só que já escrevi alguma coisa sobre cigarro em 18abril09, vejam só: “E, por falar em cigarros, essa “caca”, que este infeliz articulista usa, de fato é uma grande porcaria. O hábito de fumar alguma coisa vem desde o tempo dos Persas, da Índia e da China do passado. Depois, aprimorado pelos astecas e, finalmente e devidamente protegido pelos governos, que faturam alto em cima dos cigarros, as indústrias colocam em nossos organismos milhares de porcarias. Minha geração vem pagando caro por isto e, posso dizer, com franqueza, por mais opinião que possamos ter, estamos internamente impregnados de tantas substâncias que o sofrimento para parar é lastimável. Tenho pena de mim e dos outros que fumam, vamos ter de parar com essa burrada (no passado charmosa) e, sem a garantia de que já não fomos mortalmente atingidos”.
Aproveitando a oportunidade, gostaria que os mais jovens jamais fumem, porque, hoje, beneficiados pelos avanços da ciência, poderão viver por um século e, também, porque o cigarro é um uma porcaria fedida e nos coloca como pessoas indesejáveis na maioria dos lugares. Também, lembrem-se dessa guerra que se passou no Rio de Janeiro e jamais utilizem qualquer tipo de drogas, coisa que felizmente, jamais, eu e meus amigos de época fizemos. Não existe droga mais leve, isto é mentira, existe, isto sim, droga que estraga a vida e destrói famílias. Portanto meu jovem não faça parte do time dos “porra loca”, faça parte do time que vai ver o século 22. Não fume, não se drogue e bata palmas para o Papa que abriu espaços para você utilizar preservativo evitando que a AIDS te mate. E, tem mais: Você, meu jovem, quer emoções? Participe de assuntos comunitários, ajude melhorar seu bairro e sua cidade, faça parte daqueles que ajudam apaziguar e melhorar a vida de todos, faça parte dos que possuem grandeza em seus corações, sem inveja e sem maldades e ajude a construir, jamais destruir. E, tenha certeza, se você, meu jovem, estiver em plena consciência (coisa que a droga não permite) vai perceber que agir da forma como sugiro acima vai precisar de muita paciência, muita luta e poder de convencimento e ainda fazer como uns bons beques de espera -chutar umas canelas- ou dar um grito na orelha de alguns engraçadinhos. Mas, vale a pena lutar pelo semelhante. Jovem, faça isto.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados. e-mail: nasserartigo@terra.com.br