Não dá mais. Acabou. Essa promessa nós ouvimos todos os dias e em todos os lugares. É uma decisão acertada que as pessoas tomam para mudar suas trajetórias de vida. Eu também desisti e não quero mais. Não vou mais reclamar de quem desistiu de aprender. Prefiro de agora em diante me dedicar àqueles que querem fazer de suas vidas um sonho. Mas não um sonho sonhado... Um sonho vivido. E olha que por perto de nós existe uma infinidade de pessoas que querem melhorar seus dias, aprender mais, cada vez mais. Ah... De agora em diante também não quero mais ficar preocupado em emagrecer como a maioria quer. Desisti dessa preocupação. Quero estar sempre de bem com a vida, não vou mais contrariá-la nas coisas saudáveis que ela me presenteia. Emagrecer para ter corpo saudável apenas? Não. Viver bem é muito mais que ter o corpo que todo mundo gostaria. Também desisti de achar que estou certo sempre e torcer para que todo mundo pense como eu. Cada um tem o direito de pensar como quiser pensar, agir como quiser agir. Seria um martírio se assim não o fosse. Desisti de achar que o meu trabalho é menos apaixonante do que o trabalho que um dia eu pensei ter. De agora em diante eu decidi valorizar o que tenho nas mãos. Decidi fazer das minhas obrigações produtivas a coisa mais incrível da minha vida, enquanto tiver forças para executá-las. Desisti de ficar pensando que as pessoas têm defeitos que só eu enxergo. Prefiro de hoje em diante procurar qualidade nos outros, aprender com o que de bom tem todo mundo, quem sabe com isso eu possa aumentar as poucas qualidades que tenho. Preferi de agora para frente não me escravizar achando que preciso ter o modelo mais novo das coisas descartáveis. Meus objetos de uso precisam ser exatamente o que preciso e não mais ter funções que nem consigo compreender. Desisti também de achar que minha opinião é sempre a mais sensata. De agora em diante vou ouvir o que os outros têm para falar, quem sabe reformo as minhas conclusões e deixo de falar o que não devo. Desisti de ter tanta pressa nas coisas como às vezes tenho. Acho que entendi que a pressa só tem valia quando desperdiçamos o tempo de fazer as coisas na hora que deveriam ter sido feitas. Também não desisti de entender que sempre haverá uma segunda chance, outra oportunidade. Não será me expondo a riscos incalculáveis que vou consertar erros que cometi ou algum tempo que perdi. Claro que também não posso deixar que as coisas simplesmente aconteçam. Algumas são fundamentais e talvez seja necessário que eu inicie o processo de busca, que eu tome atitudes, disso não tenho dúvidas. Desisti de fazer coisas na minha vida só por obrigação. Procuro, de agora em diante fazê-las por prazer e amor nos resultados. Os livros continuam sendo meus melhores amigos. O conhecimento continua me inspirando desejos de tê-lo e repartir com quem tenho convivência. Desisti também de achar que Deus não ajuda todos da mesma forma. Agora percebo que cada um tem a ajuda que merece. Entretanto, entendo que parte das pessoas não aproveita essas chances como deveriam aproveitá-las. Desisti de achar também que as pessoas estão certas ou erradas em suas decisões e suas atitudes, preferi evitar julgamentos, já que eles não me competem principalmente quando não tenho o direito e nem fui convidado a opinar. Julgar não é verbo para ser conjugado por muita gente, apenas alguns têm essa obrigação e raras são as vezes que não cometem injustiças fazendo isso. Bem, desisti de muito mais coisas, mas não desisti de acreditar nas pessoas, não desisti de crer que o remédio restabelece o corpo e que a fé continua sendo a força que nos faz melhor todos os dias.
Professor MSc. Manuel Ruiz Filho
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