Em 2008, aqui neste periódico, escrevi um artigo chamado “O abominável Internetês”.
Na ocasião eu dizia da importância do conhecimento básico da língua, e o uso errado, principalmente na internet.
É evidente que a língua sofre adaptações de acordo com os tempos, porém é inadmissível que ela seja avacalhada, principalmente por aqueles que deveriam fazer justamente o contrário.
Nos últimos dias, fiquei estarrecido com a notícia de que um livro do Ministério da Educação, chamado “Por uma vida melhor” cultuava a escrita errada. A falta de concordância é uma das maiores banalizações da língua. É certo que quando falamos, acontecem alguns deslizes, porém quando escrevemos temos que manter o mínimo exigido pela língua para uma comunicação plausível de qualidade.
A autora do livro, Heloísa Ramos, uma das autoras do insulto disse o seguinte: “Não queremos ensinar errado, mas deixar claro que cada linguagem é adequada para uma situação”. Já o MEC, num gesto de demagogia esdrúxula, relatou em nota oficial, que o papel da escola não é só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de combater o preconceito contra os alunos que falam linguagem popular.
A função da escola é ensinar e consequentemente mudar o linguajar errôneo. Linguagem popular é bem diferente desse assassinato gramatical impresso no livro.
Numa época onde a velocidade das informações e a tecnologia sem limites ditam o tom da comunicação, é extremamente triste ver catedráticos afundando a Língua Portuguesa num oceano de paspalhice. O governo Lula foi um exemplo clássico da falta de concordância de vocábulos. O ex-presidente quis a todo custo empurrar para a sociedade, que estudar é perda de tempo, pois ele chegou ao cargo máximo sem passar pela escola de maneira efetiva.
O fato é que vivemos de exceções, onde num país caótico, somos enganados por índices que são lançados na mídia de maneira irresponsável. O governo anuncia que estamos alcançando índices de países de primeiro mundo, no quesito educação, porém temos alunos da 8ª série, que ainda não sabe ler e escrever corretamente. Interpretar um texto então piora. Temos engenheiros, administradores dentre outros que não sabe fazê-lo.
No passado, os governantes privavam a educação, através da valorização do futebol, dentre outras canalhices. Hoje o governo, que é formado por aqueles que lutaram pela liberdade de expressão, enfiam goela abaixo um conteúdo bisonho que ofende aqueles que desejam estudar, criando um estrago irreversível para a sociedade dos próximos trinta anos. O PT ama tanto os pobres, que faz de tudo para mantê-lo pobres.
Não é preciso criar zumbis para a manutenção do poder. Basta apenas ter a coerência de dar a população o mínimo de condições para um desenvolvimento humano sustentável.
Antônio Lima Braga Júnior - toninho.braga@hotmail.com - Votuporanga