Vivemos em um estado laico, onde a diversidade religiosa é tão grande quanto à miscigenação populacional. Temos diversas crenças oriundas dos mais diversos povos.
O Brasil com dimensões continentais é uma exceção mundial, pois as etnias se respeitam entre si e mantém um relacionamento amigável, diferente de outras nações.
Nesse turbilhão de diversidades, o cristianismo é uma religião que norteia a nação, ao passo que a grande maioria se diz seguidores de Cristo, mesmo que seja de fachada, pois muitos assim o fazem.
Acontece que seguir a Jesus Cristo passou a ser um grande negócio. O catolicismo que de remotos tempos, sofreu diversas modificações através da história. Com o passar do tempo deixou de lado a propagação do evangelho como fora recomendado por Cristo, e tronou-se uma instituição de poder direto nos reinos da antiguidade. O resultado foi um império enorme, sobretudo nos países latinos, e um inchaço ideológico que dificilmente relata a volta do Filho de Deus. O rito tornou-se o suficiente para seus fiéis. Com o surgimento do protestantismo em 1521 por Martinho Lutero, novos ideais foram colocados em prática. Surgiu um grande movimento de moralização cristã. Todavia logo surgiram diversas interpretações da bíblia, e novas subdivisões foram surgindo. Hoje o protestantismo no Brasil segue a mesma batuta do catolicismo, com rituais e pouca vida de comunhão plena com o Criador.
Temos hoje cantores que fazem grandes shows, cobrando valores absurdos para teoricamente louvar a Deus. Não se apresentam se receber nem na igreja onde nasceram. É um espetáculo absolutamente mundano onde se mistura o santo com o profano, e ainda têm a petulância de pedir salva de palmas para Jesus. Ora, Jesus não quer palmas, Jesus quer salvar as almas perdidas, e para isso precisa que o evangelho seja divulgado. Porém para divulgar o evangelho, precisamos dar um bom testemunho.
Na igreja católica, a situação é igual. Foram criados padres “super star” que fazem shows, brigam entre si, gastam muito dinheiro com batinas de seda, e nada fazem para evangelizar como deveriam. Por outro lado pastores vivem itinerantes por todo o Brasil, cobram uma fortuna para pregar. Fazem o chamado “rétété” onde pulam, viram cambalhota, mexem com o emocional, fazem profecias infundadas, tudo em nome do Senhor.
Onde está o verdadeiro amor de Cristo? Onde está o amor incondicional que Ele nos deu na cruz? Onde está o temor para com aquele deu o seu único filho para nos libertar?
Caro leitor? Estamos como a antiga igreja de Corinto. Vivemos em meio a santidades falsas, que muitas vezes matam inocentes espiritualmente.
Para aqueles que são realmente cristãos, devemos seguir a Cristo sem olhar para esses usurpadores, pois só Ele poderá nos dar a salvação. Lembramo-nos do que ele disse no sermão da montanha: “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos”. Mateus 24;11
Que Deus nos ajude...
Antônio Lima Braga Júnior
toninho.braga@hotmail.com
Votuporanga - SP