Em algum artigo ou entrevista, não me lembro, li um apelo, de alguém, para que as pessoas de boa índole participem da política ocupando os espaços dos malfeitores. Em outro lugar li que determinados partidos não merecem receber filiações. Tudo muito bonito, porém, sem uma reforma política decente, como dizer qual partido merece receber alguém? Hoje no Brasil como os partidos estão formatados e “organizados”, não dá para dizer qual o melhor e qual o pior. São ajuntamentos de interesses que nada tem a ver com os destinos da população do pais e, sim, dos seus manda-chuvas e apaniguados. Portanto, penso eu, para os municípios o que interessa saber é quem são as pessoas, a nível local, que possuem algum (isso mesmo, algum) comando sobre a sigla. Se o partido no município possui pessoas idôneas, interessadas em promover a melhoria geral, então, é nesse que o bom individuo deve se filiar, pois, o resto é conversa mole para boi dormir. Da forma como as coisas estão, e atendendo a legislação vigente, qualquer partido serve, desde que o grupo local esteja realmente imbuído em administrar para o povo. Assim, desqualificar qualquer sigla, nesse momento do Brasil, é perda de tempo. Só nos resta torcer para que a Dilma tenha forças para provocar o Congresso e realizar uma reforma política de gente séria. Do contrário, em algum momento, as redes sociais, poderão fazer um levante de consciência na população e forçar alguma coisa nesse sentido e, tudo que é forçado acaba saindo pela metade. Que venha então uma reforma pelos meios corretos, através dos parlamentares, desde que ouvida a sociedade por todo o pais. E, terminando essas considerações, fica o incentivo desse articulista para que as pessoas de bem entrem para a disputa municipal no próximo ano e, para tanto, é preciso que os interessados se filiem a algum partido até o final de setembro.
Enquanto isso vamos nos lembrar daquela famosa máxima do Lincoln: “ninguém engana a todos por todo o tempo”. Mesmo que os anos passem, em algum momento, as mazelas cometidas acabam vindo ao conhecimento geral. Pronto, os mitos já mortos se esfacelam, os vivos podem pegar cadeia. Tem muita coisa assim acontecendo por ai. Vejam só, alguns, no auge de suas forças e carreiras, cometem abusos, se aproveitam dos cargos e enchem suas “burras”. Passados alguns anos, quando o individuo já está mais idoso, imaginando-se acomodado, vem algum “pintadinho” e descobre as falcatruas. Toda a farra dos momentos de poder transforma-se num pesadelo. Para alguns isso não quer dizer nada, para outros é a morte em vida. Para suas famílias e descendentes uma vergonha sem fim. Até, não sei se já escrevi aqui, lembro uma fabula muito interessante que li: “Havia um Rei que pretendia muitas conquistas. Quando perdia as guerras que travava, seu sábio dizia: Isto passará. Já com o Rei morto, seu filho foi a novas guerras e obteve muitas vitorias. Na volta para o reino, todo empolgado, cantando vitórias, ouviu de seu sábio: Isto, também, passará”. Pois é, meus ilustres leitores, os assanhadinhos e aproveitadores do poder precisam se lembrar tanto da historia do Rei, como do pensamento do Lincoln e, assim nosso Brasil ficará melhor.
Também, enquanto isso tudo precisa ser pensado, é importante que à exemplo de muitos por esse Brasil afora, continuemos a lembrar nossos governos que: -a saúde precisa de recursos; os hospitais precisam ser respeitados e que a população não pode ficar a mercê de pilotos de escrivaninha para conseguirem seus tratamentos. Antes de enterrarem bilhões, em estádios e outras obras megalomaníacas, que os governos tenham a coragem e, principalmente, a sensibilidade de atenderem à saúde publica com seriedade. De nada adianta determinados políticos ficarem freqüentando cultos religiosos e se esquecerem dessa necessidade do povo- a saúde-, pois, quando forem recolhidos para a matriz (morrerem mesmo) não serão aceitos no Céu, mesmo porque, algum assessor de anjo já me disse, que por lá não entram os enganadores da boa fé alheia, algozes da tranquilidade das famílias. É isso que são.
Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados