Muitas pessoas dizem ser apartidárias, que não gostam e até tem nojo de política, e que não se interessam pelo que os políticos fazem. Até podemos entender essas atitudes, quando não, por simplicidade e falta de maiores informações por parte das pessoas, ou mesmo por comodismo e por muitos estarem entristecidos com aquilo que os maus políticos fazem costumeiramente.
Exatamente, desse modo de pensar e passividade da população é que os políticos aproveitadores continuam construindo uma estrada lamacenta, cheia de curvas e obstáculos para os bem intencionados e, com cancelas e pedágios para os mais corajosos. Esses últimos, muitas vezes, ficam desgastados pelo esforço que tem de fazer para tentar implementar novas condutas na prática política.
Em julho passado publiquei um artigo onde escrevia:” Mas voltando a reforma política, assunto muito importante deste momento da historia de nosso pais, podemos dizer, sem errar, que as mazelas que temos por ai passam: pela requalificação e aposentadoria de muitos políticos, uns por senilidade, outros por não terem boas intenções, outros por se entenderem donos do pais, ou porque querem ficar mamando eternamente nas tetas da vaquinha Brasil. Se em algum momento a reforma acontecer, de verdade, é possível que a Presidenta possa mandar “para o inferno” os ladrões da pátria e seus alimentadores, sem que ela fique preocupada em perder a governabilidade e, com isso, sem duvida, sobre mais dinheiro para saúde, educação e bem estar do povo. ABAIXO A DITADURA PARTIDARIA!”.
Muitas das notícias, “engordadas” pelos ditadores partidários de plantão, são para que projetos maliciosos possam passar no Congresso sem que a população possa ter tempo de discuti-los ou mesmo de manifestar seu descontentamento. Com isso perpetua-se o caciquismo.
Nos próximos dias, não sei quando, deverá ser votada alguma coisas da reforma política, e da forma que a coisa está sendo formatada tudo vai ficar pior, ou melhor, os caciques e suas “trempas” vão conseguir “emplacar”, tanto nas eleições municipais como nas próximas estaduais e federais, um monte de elementos que serão perniciosos ao povo.
Implantar o voto de lista é um mal que, se passar, não sabemos quando vai acabar e quais os grandes males que trará ao nosso pais. O voto de lista é uma aberração, é a volta pura e simples das cortes imperiais com tudo que havia de pior nesses lugares. O voto de lista deve ser repudiado urgentemente por todos, através de manifestações educadas e pacíficas, inclusive pela juventude e todos aqueles mais que possam fazê-lo pela internet, entupindo as caixas postais dos parlamentares. O voto de lista é o atraso, é ditadura, é desonestidade.
O financiamento público de campanha só vai servir para “alguns” encherem seus bolsos. O que precisamos é de regras claras, dentro da Lei, para que o financiamento seja feito pela sociedade, obedecidos limites. É simples, basta ter decência. E, para que assim seja, é importante a implantação do voto distrital, que poderá ser o caminho mais curto para que se possa mandar para casa, ou para o “inferno”, todos aqueles políticos que não respeitam as necessidades da população, que não respeitam crianças, a juventude, os velhos e que, possivelmente, não respeitem nem seus próprios familiares. O político eleito pelo voto distrital, obrigatoriamente, estará perto do eleitor e, se errar, vai ouvir conversa na porta de sua casa.
O senador Aloysio Nunes, em troca de mensagem que tive com ele esses dias, e que tomo a liberdade de publicar, por ser importante, escreveu o seguinte:- “Eu apresentei um projeto de lei instituindo o distrital puro para eleição de vereadores em cidades com mais de 200 mil eleitores: é um começo. Tinha apresentado há algum tempo proposta de emenda à Constituição visando ao voto distrital misto, no modelo alemão. Estou pedindo a retirada dessa proposta e resolvi partir para outra, radical: -o voto distrital puro e simples. Abraço, Aloysio”.
Meu caro leitor faça sua parte, se entender que pode: Manifeste-se. É democrático.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora aos sábados