Tenho observado nessa minha caminhada o quanto nós seres humanos gostamos de ser bajulados. Não importa o nível social, sempre gostamos de certo mimo.
O grande problema é quando somos tratados como coitadinhos, pois o “inho” é um grande problema. Eu por exemplo sou chamado de Toninho, o que dá a sensação de que sou frágil. A bondade e caridade é uma constante em nossas vidas, e o resultado é um monte de pessoas que nunca aprenderam e não querem aprender a pescar.
Ultimamente venho acompanhando diversos projetos de lei que criam cotas para os chamados “discriminados” da sociedade. Eu tenho absoluta certeza, que os discriminados, porém sérios, gostariam de igualdade, somente isso.
Sou afrodescendente e pobre, e tenho bagagem suficiente para dar minha opinião. Nunca tive nenhum benefício para conseguir algo na vida, e não me tornei uma pessoa revoltada por isso. Tenho consciência de que a escravidão prejudicou bastante os negros no Brasil, entretanto não é dando vagas em universidades que esse mal será reparado. Nunca baixei a cabeça para nenhuma pessoa que se julgou melhor do que eu, pois às vezes não tenho o reconhecimento, mas tenho o conhecimento e ele é meu e ninguém tira.
É preciso diferenciar o empreendedor. Nem todo mundo é, e quem não é deve estar ciente que dificilmente irá se tornará rico, mas se estudar com aplicação será respeitado, inclusive pelos empreendedores.
Na última semana, vi nos jornais, a polêmica envolvendo o kit gay, o deputado Jair Bolsonaro, o ministro da educação Fernando Haddad e a presidenta Dilma. Ter cotas para os gays no mercado de trabalho, nas faculdades, dentre outros segmentos é simplesmente o cúmulo do ridículo. Todo gay sério (existem muitos, acreditem) não precisa de cotas. A capacidade intelectual e operacional não está na sua opção ou condição sexual. Demagogia tem limites!
Volto a insistir num projeto educacional sério, que forme pessoas sérias, sem medo do mundo, que cresça, sem ficar só pensando em ser rico, porém em ser conhecedor e culto. A locomotiva é só uma, porém sem os vagões ela não serve pra nada. Estamos criando um bando de vagabundos, que preferem viver de migalhas. Vão fazendo filhos, ganhando vale gás, dentre outros, e projetando um futuro incerto para o país.
O BNDES um dia vai ir a bancarrota, pois está financiando tudo, de camisinha até grandes negócios, e todo mundo está feliz, pois se precisarem de emprego, é só dar pinta, sair do armário e assinar a carteira. Meu Deus!
*Antônio Lima Braga Júnior
toninho.braga@hotmail.com
Votuporanga - SP