O articulista do interior está aqui de novo. Imagino as limitações de leituras dos artigos. Alguns devem achar graça dos assuntos, outros respeitam e algumas vezes elogiam.
Com o advento das notícias instantâneas, as pessoas não ligam muito para determinados pensamentos. Muitos políticos “importantes” que se acham “Deuses” ignoram determinadas opiniões.
Por mais que alguns, assíduos em leituras, procurem, em artigos de nível nacional, não encontram ninguém que afirme o que poderá acontecer nas eleições do próximo ano. A população está estupefata com o que tem lido e ouvido e, por isso, o resultado eleitoral poderá ser uma grande zebra, ou uma continuidade disfarçada das mazelas que temos assistido.
Já escrevi por aqui, em alguma ocasião, mesmo de forma discreta, que algum governador já poderia ter puxado orelhas e se distanciado da forma nefasta como se administra e se faz política nesses tempos. Alguns não agem assim porque querem disputar a boquinha e, com isso, ficam comprometidos com a continuidade das loucuras que levaram o país à breca.
Também, já escrevi, e não me arrependo, que os mandatos para qualquer cargo não poderiam ir além de duas vezes. Com o Brasil vivendo as agruras que vive, e a falta de esperança quase que geral, penso que esse critério já deveria estar implantado. Sabem por quê? Exatamente para que o cidadão pudesse dar seus votos em projetos, sem pensar na perpetuação do cargo, e, sim, nas próximas gerações. Se algum dos projetos for exagerado, ele poderá ser modificado em outro momento, porém as necessidades da nação, estados e municípios, não podem ficar sujeitas ao humor de eleições.
Realmente depois de comentar assim, sem dúvida, um artigo como este será desprezado pelos figurões da política e seus dependentes.
O país está precisando de um governante de pulso firme, não um ditador, porém alguém determinado a consertar os problemas do presente sem perder a visão do futuro.
Mas, mudemos um pouco de assunto, vamos descontrair. Todos os dias, nesta altura de meu campeonato, vou para um papinho no centro da cidade, com alguns outros cabeças brancas. Nesta quarta variei um pouco e fui conversar com um antigo companheiro de trabalho. O mesmo recordou uma passagem interessante que assistimos e convivemos. Em determinada ocasião, faz muito tempo, um companheiro da antiga Chevrolet, aqui de Votuporanga, vendeu um caminhão basculante para um cidadão de uma cidade mineira. Naquela época ainda não havia os financiamentos como são hoje, a venda foi feita a prazo em duplicatas, o cidadão merecia o credito. O comprador por algum motivo deixou de pagar algumas e um outro companheiro foi destacado para ir fazer a cobrança. A cidade era longe daqui. Chegando lá o colega foi indagar onde morava o cidadão. Todos lhe respondiam, é muito fácil, o homem é bastante conhecido, vá por ali que chega lá. O colega foi indo e ao chegar na casa indicada encontrou uma boa multidão. Logo no portão perguntou a alguém onde estava o cidadão? Recebeu como resposta: está na sala. Casa grande, o colega entrou e deu de cara com um velório. Era do próprio devedor. Cobrar como? O colega veio embora de mãos vazias. Posteriormente a família cuidou do pagamento.
Esta historinha, meio macabra, vem bem a calhar nesses tempos do Brasil. Tem um estado da federação que muitos dos seus famosos políticos estão na cadeia. Acredito que não devemos ficar penalizados por isso, ao contrário, os tais réus precisam pagar suas contas enquanto vivos. Contas essas por terem surripiado dinheiro público, por terem deixado escolas sem melhores acomodações, por terem deixado hospitais à mingua, por terem provocado a desvalorização de patrimônios de pessoas e famílias que levaram toda uma vida para conseguir. Merecem cadeia mesmo, merecem passar horas de angustia e serem privados de seus confortos. Esses confortos foram construídos às custas da boa fé do povo, que mofem todos.
E, para terminar, mesmo com a tristeza do falecimento do vereador representante de Simonsen, sem dúvida, cumprimento o Gilvan por sua volta à Câmara.