Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Seja incrivelmente bem-vindo ao nosso décimo sexto encontro do ano. Hoje, antecipamos nossa coluna para a sexta-feira, a fim de garantir esse nosso espaço sagrado de conexão, reflexão e crescimento. Esse espaço nos convida, semana após semana, a voltarmos o olhar para dentro, a reconhecermos quem somos.
Nesta semana especial, marcada simbolicamente pela celebração da Páscoa, convido você a mergulhar nesta simbologia. Em 2025, esse símbolo carrega ainda mais força, já que, neste ano, a Páscoa cristã coincide com o Pessach judaico.
Para os cristãos, a Páscoa representa a vitória da vida sobre a morte, a ressurreição de Cristo, o renascimento espiritual, a travessia da matéria para o divino.
Para os judeus, o Pessach é a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. É a travessia do deserto, o caminho da opressão para a terra prometida. Em ambas as tradições, há um movimento simbólico da morte para a vida, do medo para a confiança, da escuridão para a luz.
Em ambas as histórias, encontramos o mesmo fundamento espiritual: a passagem, a libertação. O florescer da esperança onde antes havia dor. A salvação, que não vem de fora, mas que começa no profundo do ser.
E quando olhamos ainda mais a fundo, compreendemos que os símbolos não param por aí. O ovo representa a fertilidade e o nascimento. Ligado à deusa Ostara — que originou o termo “Easter” em inglês, o ovo é símbolo do potencial adormecido que, quando aquecido pelo amor, pela luz e pela consciência, rompe sua casca e dá lugar à vida. Ele nos convida a romper a casca da ignorância, do medo, da culpa, do julgamento.
Esse é nosso convite hoje: vamos renascer?
Vivemos em um mundo adoecido. Um mundo que nos chama, a todo momento, para o pior em nós. Que nos provoca a brigar, a julgar, a ferir. Mas não porque sejamos maus, mas sim porque estamos feridos. Porque nos esquecemos de quem somos. Porque perdemos o contato com a promessa divina que habita em cada ser, como está escrito em Jeremias 29:11: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de lhes dar esperança e um futuro.” Se soubéssemos disso com a clareza da alma desperta, não nos feriríamos tanto. Não entraríamos nesse ciclo de sobrevivência, onde a dor se repete como herança silenciosa.
O que nos resta, então, é lembrar, voltar para dentro. Permitir que morra em nós tudo o que nos afasta da nossa essência divina: o medo que paralisa e o julgamento que nos bloqueia.
É importante deixar que essas pequenas mortes nos levem a um grande renascimento. Renascer para o amor. Renascer para o que somos em essência: luz. Porque, como diz a Bíblia, “Haja luz!” E essa luz não vem de fora — ela já está acesa dentro de você.
A única forma de vencer o caos é lembrar-se de quem você é.
É quando paramos de julgar que começamos a amar. Na pausa, no respirar consciente, acessamos o nosso lugar de potência e conectamos a “Fonte” da vida!
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Por isso, eu convido você a refletir: o que deve morrer em você para que você possa renascer?
- Na sua vida?
- Nos seus relacionamentos?
- No seu trabalho?
A Páscoa nos convida à morte simbólica do que limita e à ressurreição do que liberta — que coloca você no caminho de ser você mesmo! E isso acontece no seu retorno para casa, no olhar para dentro, no nosso tema do ano: TRANSFORME-SE E TRANSFORME O MUNDO. DECIDA E VÁ, SÓ VÁ!
Saia do caos que vive aquele ser humano que acha que as respostas vêm de fora, e escolha olhar para dentro! Assim, mais conectado com quem és, vibrando amor, unindo corpo, mente e espírito, terá mais saúde, felicidade e resultados.
Renasça, por um eu melhor, pelas pessoas à nossa volta melhores, por um mundo melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +