Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Seja incrivelmente bem-vindo ao nosso 27º encontro do ano. É sempre uma alegria e uma grande honra estar com você aqui, nesse nosso momento de reflexão.
Hoje, escolhi falar novamente sobre a brevidade da vida.
Na última sexta-feira de manhã, eu estava em Ribeirão Preto e, logo cedo, me deparei com a notícia do falecimento do advogado Marcelo Salomão.Mais uma partida…Ele era uma pessoa extremamente educada, comprometida e sempre feliz. Um grande homem, um grande empresário. A notícia veio por uma conhecida em comum, que, coincidentemente, na quarta-feira, durante uma reunião, falava comigo sobre a dor da partida. Ela me contou da tristeza de ter perdido o pai e a melhor amiga e… olhe só… agora, um grande amigo. Ah, como é importante valorizarmos a vida…
Que dor infinita deve estar sentindo a família desse grande homem de apenas 57 anos que partiu. E quanto tempo ainda vão sentir… Ah, a saudade.
Minhas orações, naquele momento, foram para que sua partida tenha sido em paz, e para que os que aqui ficaram possam encontrar um jeito de seguir bem.
Assim como fiz com o grande Dr. Canova, que também partiu na semana passada, pai das minhas queridas amigas Cláudia e Angélica, e que deixou um legado de amor imenso. Aliás, foi muita luz na nossa família, com um diagnóstico preciso, uma anamnese excelente. Agradeço a toda a família, em honra ao profissionalismo e à entrega de alma que ele teve enquanto esteve aqui.
Mas a nossa reflexão de hoje é:
Será que estamos vivendo ou sobrevivendo?
Você já parou para pensar sobre a brevidade da vida?
Antes, quero trazer três pontos que para mim são verdades:
1. Eu garanto para você: tempo é vida.
2. Eu garanto também: você vai morrer. Todos “os seus” vão morrer. Somos todos mortais.
3. E garanto ainda: nada aqui é seu, você só está de passagem, fazendo a gestão da sua vida. Logo, tem mais, quem melhor faz a gestão da vida, chega mais longe.
Agora, diante dessas verdades, me responda:
Será que você está de “malas prontas” para a sua partida?
Está preparado para a partida daqueles que convivem com você?
Será que está realmente usando a vida que lhe foi dada? Ou está reclamando, encrencando, desperdiçando tempo com bobagens, distrações?
Quanto tempo você gasta discutindo, impondo suas ideias?
Lembre-se: cada um tem uma vida para cuidar, uma missão única aqui.
Será que você está respeitando o seu caminho e o do outro?
Gastar tempo impondo, controlando o mundo ou se fazendo de vítima… não leva você a lugar nenhum.
Viemos aqui para amar incondicionalmente, servindo. Essa é a verdade.
Viemos para amar o outro sem esperar nada em troca.
Viver é fazer o que tem que ser feito com o que se tem nas mãos hoje. Ponto.
Mas a maioria das pessoas passa a vida reclamando, esperando, brigando, julgando…
Faz, esperando reconhecimento… e aí não vive. Sobrevive. Perde tempo com tanta discussão boba, com coisas que não vão mudar nada.
Cada um tem uma vida para chamar de sua. Cada um tem que cuidar da sua vida.
É claro que a troca, o relacionamento, é onde a vida acontece. Relacionamento é pó de ouro. Mas ele deve vir por amor incondicional.
E o que é amor incondicional?
É você respeitar o outro, é fazer sem esperar nada em troca. Claro que vão existir discussões, momentos de irritação… Todo mundo sente isso, faz parte.
As perguntas que você deve se fazer na hora que algo “irrita” são:
— Por que isso me deixou irritado?
— O que essa situação está querendo me dizer?
— O que eu devo aprender com essa situação ou com essa pessoa?
— O que tem de certo nisso tudo?
Porque tudo é sobre a gente mesmo. A vida não é sobre o outro. Cada um tem uma vida para cuidar.
E se você não cuidar da sua, ninguém vai.
E sim, talvez você necessite falar para o outro:
“Agora estou sentindo um pouco de raiva… Me dá um tempo.” Ou dizer:
“É interessante o seu ponto de vista, mas eu discordo… Me espera.”
A vida é real e não ideal!
Você vai discutir, vai ter momentos de tensão, mas deve ter a clareza de que a comunicação é um dos maiores desafios da vida. Você fala e o outro não entende. O outro fala e você também não entende.
Por isso a importância de alinhar, de perguntar o que o outro quis dizer, de ter a humildade de entender que ninguém está fazendo nada para provocar.
Todos fazem achando que é o melhor.
Pare com esse negócio de “fiquei magoado”, “fiquei ofendido”.
Faça as quatro perguntas acima e cuide da sua vida. Faça a sua parte. Resolva pendências. Alinhe a comunicação.
Agora, imagina… Você acabou de brigar, por exemplo, com o seu marido ou sua mulher. E então ele(a) morre.
Como assim? Morre. É! E aí vem o arrependimento:
“Ah, eu devia ter falado que o amo…” Mas já foi. Ou o contrário também pode acontecer.
Então, não durma brigado. Não vá embora com coisa enroscada. Não se perca nesse jogo de achar que o outro tem que ir atrás, que o outro te deve algo. A vida é para já. Viva!
E como o nosso foco é progredir, vamos juntos?
Ligue o botão da percepção e comece a melhorar os seus relacionamentos.
Você veio aqui para vibrar no amor, respeitar o outro e, principalmente, respeitar a você mesmo.
Solte o controle! É fácil? Claro que não. É um desafio.
Mas podemos escolher viver mais, ter mais saúde, mais felicidade.
Ame-se. Ame. Ame. Ame.
Lembra: ninguém está querendo fazer nada para errar.
Todo mundo faz querendo acertar.
Então, faça escolhas da melhor forma possível e ame.
Porque queremos um “eu” melhor, pessoas melhores à nossa volta, um mundo melhor.
Vamos juntos? Porque juntos somos +