Nos últimos tempos, temos observado que o processo de seleção de profissionais para o trabalho está se tornando cada vez mais complexo. Tivemos a constatação da falta de habilidade para lidar com o troco quando tentamos realizar um pagamento em dinheiro. A compra foi no valor de R$ 42,00 e a pessoa que nos atendia precisou realizar o cálculo do troco com o uso da calculadora.
A pessoa nos perguntou se não era possível pagar com cartão, pois não tinha notas de valor pequeno para o troco. Ao notar que havia notas de R$ 10,00 na gaveta, completei o valor com mais R$ 2,00. A funcionária respondeu que ainda assim não tinha troco. Isso demonstrou sua dificuldade em lidar com situações sem a ajuda de tecnologia. E completou: “Eu não tenho notas pequenas para devolver o troco”.
Isso confirma os dados apresentados no Plano Nacional de Educação, que mostram que os estudantes brasileiros têm um desempenho abaixo do esperado em Língua Portuguesa e Matemática. Além disso, é comum ouvir os responsáveis pela contratação de pessoal dizerem que têm dificuldade em encontrar candidatos qualificados para determinados postos de trabalho.
É preocupante ver que os erros de concordância e o uso incorreto da língua portuguesa são comuns, mesmo entre as “autoridades” entrevistadas. É importante lembrar que a educação é fundamental para o desenvolvimento do país e que é necessário investir em programas que melhorem a qualidade da educação básica.
E para que o aprimoramento e os resultados que superem os sucessivos fracassos é necessário realizar investimentos, não apenas de recursos, na formação continuada de docentes e demais atores sociais que atuam junto às crianças desde a pré-escola.
Torcemos para que o novo Plano Nacional de Educação (2024-2034), recentemente aprovado no Congresso Nacional (encaminhado à sanção presidencial em 12/12/2025) tenha o sucesso que não foi observado no decênio anterior. Vamos torcer e, dentro de nossas limitações, contribuir.