A carioca Adelaide Rodrigues Soaris, de 79 anos, procura o filho Celso Rodrigues Mello, que estaria residindo em Votuporanga
Uma família do interior do Rio de Janeiro vive a agonia atrás de notícias de Celso Rodrigues Mello (foto), que estaria em Votuporanga (Fotos: Arquivo Pessoal)
Fernanda Cipriano
Estagiária sob supervisão
fernanda@acidadevotuporanga.com.br
A falta de notícias de seu filho faz a carioca Adelaide Rodrigues Soaris, de 79 anos, derrubar lágrimas diariamente em suas orações. Ela e toda a sua família, inclusive, a neta, Aline Carvalho Mello, vivem a quase 15 anos a angustia da ausência de Celso Rodrigues Mello.
A família é moradora da pequena cidade de Miracema, na região Noroeste do Fluminense, no Rio de Janeiro e é de onde Celso saiu com 31 anos para trabalhar. Nos primeiros anos, as ligações, visitas e as notícias sobre seu estado de saúde, ou onde estava morando, eram frequentes, porém essa constância diminuiu até que a comunicação entre eles desaparecesse.
Tudo se apagou, menos a saudade de dona Adelaide. Com a esperança de manter o contato e descobrir o paradeiro de Celso, seus familiares não desistem. Foi quando descobriram que ele estava vivo e residindo no Estado de São Paulo, por meio de um amigo que trabalhava na Polícia Civil.
“Ele saiu no mundo e não voltou mais. A mãe já de idade chora todos os dias querendo saber notícias do filho, sabe que ele está vivo. Até então a gente nem sabia”, relatou o taxista Fabrício Alves, que é casado com Aline, a única filha de Celso, em entrevista ao A Cidade.
Quem fala sobre o assunto é Fabrício, pois a filha e a mãe não conseguem controlar as emoções. O genro disse que de início encontraram informações de que ele estaria no município de Miguelópolis e pediu ajuda para a assistência social da cidade, com posse de um endereço.
Ao chegarem ao local, descobriram que Celso realmente morou lá, porém foram informados de que ele tinha mudado há pelo menos quatro meses. “A informação inicial era a de que ele tinha mudado para Barretos e foi onde fizemos a mesma coisa. Entramos no site da Prefeitura e pedimos ajuda para a assistência social, mas não obtive resposta”, explicou.
Em Barretos, apesar de não terem a ajuda da Prefeitura, as buscas continuaram e descobriram que Celso também tinha residido lá. Sabiam também que ele foi casado, com uma mulher que foi identificada como Cidinha, que até já teria falecido e com quem esteve junto por mais de 15 anos.
Seguindo com as buscas, a família descobriu que ele poderia estar em Votuporanga e foi quando surgiu a ideia de procurara-lo pelo número do título de eleitor. Eles descobriram, então, que Celso Rodrigues Mello votou nas últimas eleições municipais e que estaria de fato na cidade.
“Ele votou, fez recadastramento biométrico e estava tudo em dia. Mas não puderam me passar o endereço porque é sigilo eleitoral, apenas com autorização judicial”, completou.
Na tentativa de encontrar Celso, que hoje eles acreditam que tenha 58 anos, pediram a autorização da Justiça e ela não foi concedida. “Perdemos mais uma oportunidade de reencontrar ele”, completou.
A amargura e a aflição tem sido a triste companhia da família, que busca sem medo por novas notícias ou ao menos uma pista, um sinal que possa confortar o coração da senhora Adelaide.
“Ele está com a vida dele certinha, mas a mãe não entende o porquê ele sumiu. A dona Adelaide chora todos os dias querendo notícias do filho e ficamos nessa agonia sem saber o que é. Esperando algo acontecer. Moramos no interior do Estado do Rio e fica longe para nós irmos até aí, sem ao menos uma pista”, finalizou.
Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Celso a família pede encarecidamente que entre em contato pelo telefone: (22) 99919-6109 ou (22) 99887-2125.