Ato da assinatura será realizado às 10h, na presença dos moradores, presidente da Alesp, Carlão Pignatari, e ex-prefeitos
Prefeito Jorge Seba esteve nos estúdios da rádio Cidade FM para uma entrevista exclusiva sobre o desfavelamento na cidade (Fotos: Prefeitura e A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Neste sábado (4), a história do desfavelamento do Matarazzo e outros bairros, que se desenrola há cinco décadas em Votuporanga, terá um novo marco: a assinatura, pelo prefeito Jorge Seba (PSDB), da escritura da área onde serão construídas cerca de 180 casas. Ele disse, em entrevista exclusiva à rádio Cidade FM, que, com essa nova área, as favelas vão acabar na cidade.
O ato será realizado às 10h, na praça da Estação, na presença dos moradores e também de autoridades convidadas como o deputado estadual – e presidente da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) - Carlão Pignatari (PSDB); o gerente regional da CDHU, Osvaldo Carvalho; ex-prefeitos e secretários municipais.
“Se Deus quiser, Votuporanga não vai ter mais favelas daqui pouco tempo.Eu elegi [o desfavelamento], no início do governo, como prioridade número um. Nós temos que atender aquilo que as pessoas mais vulneráveis necessitam. Não pode acontecer da cidade continuar tendo moradias para uns, enquanto outros estão sem moradia”, disse Seba.
Essa é uma reivindicação antiga dos moradores, que, agora, se dizem esperançosos com a assinatura da escritura da nova área (leia mais sobre isso no final desta reportagem). Inclusive, alguns gravaram vídeos, que serão exibidos no ato, em que contam as suas histórias nos bairros que serão contemplados.
Desfavelamento
O desfavelamento é voltado para as famílias que hoje vivem nas regiões do Matarazzo, Esmeralda, Alvim Algarve e Olímpio Formenton.
A compra da área, no valor de R$ 1,540 milhão, foi autorizada em votação unânime pela Câmara Municipal em abril deste ano, originando a Lei 6698/2021.
A área possui 77 mil m² e está localizada na região sul, ao final da Colônia da Fepasa e ao lado do Jardim Vivendas. A localização, segundo a Prefeitura,é privilegiada e conta com rede de água e esgoto nas proximidades, além de outros bairros ao redor.
O próximo passo, a partir da assinatura da escritura, será a elaboração do projeto de loteamento com a divisão da área em lotes e, posteriormente, doação à Fazenda do Estado de São Paulo para formalização do convênio com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) que dará continuidade no processo resultando na construção das unidades habitacionais.
“No convênio [com o governo estadual], está estabelecido que a obrigação do município é oferecer a área para que as casas sejam construídas. A nossa parte nós estamos fazendo. Já temos o desenho da área, para a parte técnica do governo estadual, o CDHU, poder, a partir daí, fazer os levantamentos necessários e planejar a construção desse novo bairro”, explicou Seba.
Área verde
Durante a entrevista nos estúdios da rádio, um ouvinte questionou Seba, por meio do WhatsApp, sobre o que seria feito com as áreas onde, hoje, são as favelas.
O prefeito respondeu que ainda não existe uma determinação exata sobre o que vai ser feito que pretende consultar a população sobre isso. Ele também comentou sobre as suas ideias para as áreas.
“Imagino que possa ser uma área verde, uma área comunitária. Nós podemos fazer ali um centro comunitário, que possa abrigar atividades de lazer. Então está aí um desafio lançado, para o bairro dizer o que quer. A gente vai analisar para poder atender o que a população quer”, disse Seba.