Desagravo da vereadora se deu após a divulgação de montagens envolvendo imagens e o nome de sua filha nas redes sociais
Sueli Friósi se revoltou ao ver os ataques a sua família e disse que pensou em renunciar, mas agora irá lutar com mais força (Foto: Câmara Votuporanga)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Com os olhos vermelhos e o rosto inchado, a vereadora Sueli Friósi (Avante) subiu na segunda-feira (20) à tribuna para um desagravo sério. Durante o final de semana circulou pelas redes sociais montagens com imagens de sua filha, onde o interlocutor, que se utiliza de contas falsas na internet, a chama de prostituta alegando que ela teria participado de um filme pornográfico.
Revoltada, a parlamentar não acusou diretamente, mas deu a entender que seu colega de Câmara, Cabo Renato Abdala (Patriota) poderia estar envolvido com o que ela classificou como “ataque a honra de sua família”.
“Queria perguntar para você, Renato, se é prerrogativa do vereador perseguir outro vereador? Estou aqui hoje porque fui eleita corretamente, fui respeitada pelos meus eleitores e não por essa corja podre que tem aqui dentro de vereador, de assessor e de ex-vereador. Estou aqui legitimamente e vou proteger a honra da minha família. A minha filha não é puta, a minha filha é atriz”, disparou a vereadora.
Na sequência, Sueli apresentou alguns dos trabalhos de sua filha, inclusive o filme do qual retiraram a cena para a montagem. “A pessoa que fez essa infâmia contra a minha filha não sabe o que é cultura, não sabe o que é um filme, não sabe o que é arte. Minha filha está na Europa procurando o espaço dela como atriz, pois aqui, nesse país, tem gente medíocre, como esses que estão aí e que fizeram essa merda e publicaram isso. Se vocês acham que vão me derrubar, aqui está nascendo uma fênix”, completou ela.
Sueli chegou a dizer que pensou em renunciar ao mandato, mas decidiu permanecer após receber o apoio dos demais vereadores e conversar com lideranças de seu partido.
Outro lado
Em sua defesa, Abdala, também na tribuna, disse que se solidariza com a vereadora e que não ter nada a ver com o vídeo e as mensagens. Ele ainda colocou o seu telefone à disposição da polícia, para provar que não está envolvido em nada do tipo.
“Me solidarizo com a vereadora Sueli, porém eu tenho que perguntar, pois não ficou se a vereadora quando ela indicou a palavra a mim se ela me acusava de estar por trás disso. Ficou parecendo que ela me acusava. Existe polícia judiciária, aconselho fazer o boletim de ocorrência e estou à disposição com o celular, computador, notebook, a minha casa, está tudo à disposição para que fique o mais claro possível que não tenho nada a ver com isso”, concluiu o vereador.