Ato reuniu manifestantes de Votuporanga, Fernandópolis e Jales; entre as pautas do estavam defesa da democracia e combate à desinformação
Entre as pautas do ‘Fora Bolsonaro’ estavam a defesa a democracia e combate à desinformação; para Michael Daniel Bomm, ato denunciou ‘desgoverno’ (Fotos: A Cidade)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Manifestantes de Votuporanga, Fernandópolis e Jales se reuniram na manhã deste sábado (2) para o ato “Fora Bolsonaro”, contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), realizado na Praça Cívica (Concha Acústica) da cidade.
Entre as pautas do ato estavam defesa da democracia, da moradia, dos povos originários, do SUS, da educação, do emprego, dos direitos trabalhistas e previdenciários, da inclusão e do meio ambiente e o combate ao negacionismo, à desinformação e à inflação.
“É uma denúncia contra o ‘desgoverno’ de uma forma geral, tanto pelos crimes quanto pelas políticas adotadas”, explicou Michael Daniel Bomm, um dos organizadores da manifestação, em entrevista ao jornal
A Cidade.
A reportagem compareceu ao ato e transmitiu ao vivo,
pelo Facebook, tanto as manifestações quanto a entrevista com Michael.
A manifestação foi pacífica, respeitou os protocolos sanitários da Covid (com uso de máscara e distanciamento) e contou com a presença da Polícia Militar.
Problemas
Na entrevista, o organizador da manifestação comentou sobre a série de problemas que estavam sendo denunciados no ato por gritos e faixas.
“É uma pauta social, econômica e sanitária, porque eles ainda insistem nessa ideia de cloroquina, tratamento precoce, que não funcionam. As políticas públicas deveriam ser orientadas pela vacinação em massa da população há muito mais tempo. Ele [o presidente] é responsável, em grande parte, por essas mortes [por Covid] que nós tivemos no Brasil”, disse Michael.
Já em relação às questões econômicas do país, além da inflação, ele apontou as altas dos preços dos combustíveis e do gás; e os problemas da política neoliberal adotada pelo governo federal.
“Isso [a inflação] é muito responsabilidade dessa política neoliberal implementada pelo governo e pelo Paulo Guedes [ministro da Economia]. Na verdade, o preço do combustível não está alto porque subiu o ICMS. É pela política de preço da Petrobras. Se você muda a política de preço e de produção de alimentos no Brasil, do agronegócio, você consegue manter um preço acessível para a população. Essas políticas favorecem a exportação, que é a história do Brasil que conhecemos. Uma história de exportar riquezas e nós ficarmos com a miséria”, explicou Michael.
Já sobre a possibilidade de novos atos, o organizador explicou que a frente “Fora Bolsonaro” de Votuporanga se mobiliza semanalmente, pelas redes sociais. Mas uma “manifestação presencial” está programada pela frente nacional do movimento para o dia 15 de novembro, Dia da Proclamação da República.
*Colaborou Franclin Duarte, no local