Tenente Sarah Barbosa, comandante da Polícia Ambiental de Votuporanga, esclareceu sobre a proibição da pesca no Parque e o pescado em questão
As fotos do peixe e do homem carregando-o nas costas viralizaram nas redes sociais no fim de semana, que geraram discussões (Fotos: Reprodução/Redes sociais)
Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br
Um homem pescou um pirarucu na represa do Parque da Cultura de Votuporanga. E as imagens da pescaria e do homem carregando o peixe nas costas – apesar de considerado pequeno para a espécie, seu tamanho se estendia da nuca às pernas do pescador - viralizaram nas redes sociais no fim de semana.
As imagens geraram discussões na internet. Isso porque a pesca é proibida no local (que, inclusive, tem placas sinalizando a proibição), mas algumas pessoas a defenderam por, neste caso, se tratar de uma espécie predadora e “invasora” de peixe.
O jornal
A Cidade conversou com a tenente Sarah de Carvalho Barbosa, comandante do 2º Pelotão da Polícia Militar Ambiental de Votuporanga, sobre o ocorrido. Ela esclareceu sobre a proibição da pesca no local e sobre o pirarucu fisgado por lá.
Proibição
Conforme explicou a tenente, o que proíbe a pesca no local é uma lei municipal, por questões de segurança, não ambientais.
“Existe, sim, uma norma que proíbe a pesca ali, mas é uma norma do município. É uma área de risco, por isso eles proíbem nadar e pescar lá”, disse a tenente Sarah.
Em nota enviada ao A Cidade, a Prefeitura esclareceu que a pesca não é permitida no Parque da Cultura por se tratar de área próxima à manancial de abastecimento da cidade. A proibição busca preservar a qualidade da água que percorre até a Represa Municipal Luiz Garcia de Haro. A Administração acrescentou que possíveis irregularidades podem ser denunciadas à Polícia Ambiental.
Peixe
Já em relação ao pirarucu pescado, a comandante da PM Ambiental esclareceu que a espécie pode ser pescada em Votuporanga e região.
“O pirarucu pode ser pescado na nossa região porque não é um peixe nativo daqui. Então, esse peixe não apareceu lá [no Parque da Cultura] naturalmente. Muito possivelmente, foi colocado ali quando pequeno. Ele é um peixe da Bacia Amazônica”, explicou a tenente.
Ela também disse que o pirarucu é um peixe predador que, quando adulto, pode chegar a três metros de comprimento e pesar até 200 kg. Suas presas, portanto, são os peixes (e outros animais) menores.
“Há alguns meses, a própria administração do Parque da Cultura estava procurando um jeito de exterminar esses peixes, porque estavam acabando com os peixes menores e comendo até patinhos. Eles estavam detonando o restante da fauna dali. Por isso ele não é bem-vindo aqui na nossa região”, contou a tenente Barbosa.