A 2ª etapa da campanha de vacinação começou na segunda-feira e cerca de 2,9 mil produtores rurais da cidade terão de imunizar seus rebanhos
Os produtores rurais de Votuporanga terão que vacinar seus rebanhos até dia 30 e declarar até 7 de dezembro (Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Os mais de 2,9 mil produtores rurais de Votuporanga têm até o próximo dia 30 para vacinar os mais de 150 mil bovídeos (bovinos e bubalinos), de 0 a 24 meses, cadastrados no município, contra a Febre Aftosa. Trata-se da segunda etapa da campanha que tem como objetivo manter o estado como como Área Livre de Febre Aftosa. O produtor tem até o dia 7 de dezembro para comprovar a vacinação. A vacinação de outros animais é proibida.
De acordo com os dados do Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal), levantados com exclusividade pelo jornal
A Cidade junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, no ano passado Votuporanga vacinou 275.426 cabeças de gado, o equivalente a 99,94% de seu rebanho total, que é de 275.589. A meta, segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, é vacinar todos os animais de Votuporanga e do estado de São Paulo.
Como vacinar
A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no sistema Gedave.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação. A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina, que nunca pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia.
Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade (era) e sexo, para evitar acidentes. É preciso usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro).
O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação. O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, até o dia 30 de novembro.
Como declarar
A declaração da vacinação deve ser realizada, de preferência, por meio eletrônico, através do
site da Gedave. Quando não for possível, o produtor poderá acessar a declaração manual na internet, em e encaminhá-la por e-mail. Em último caso, o produtor poderá entrar em contato com as regionais de Defesa Agropecuária.
Devem ser declarados todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporcos), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
Multas
Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (R$145,45) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$87,27) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é R$29,09.