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Especialista dá dicas para evitar curto-circuito na hora de colocar a decoração de Natal

Devair Rios Garcia, coordenador do curso de Engenharia Elétrica do IFSP, explicou no que tomar cuidado ao plugar a decoração na tomada
publicado em 18/12/2021
O filtro de linha, também conhecido como régua, reforça a segurança da decoração natalina, explicou o coordenador de Engenharia Elétrica do IFSP, Devair Garcia (Foto: A Cidade)

O filtro de linha, também conhecido como régua, reforça a segurança da decoração natalina, explicou o coordenador de Engenharia Elétrica do IFSP, Devair Garcia (Foto: A Cidade)

Pedro Spadoni
pedro@acidadevotuporanga.com.br

Os lares de Votuporanga já estão salpicados de luzes coloridas, graças aos “piscas”. Ao andar pelas ruas, dá para perceber como cada pessoa e família celebrou o Natal a sua maneira. Mas esse costume de embalar tudo com luzes piscantes, apesar de divertido, esconde um risco: o curto-circuito, que pode causar estragos consideráveis nas residências.

Para explicar a física por trás desse risco – e, claro, como evitá-lo – o jornal A Cidade conversou com Devair Rios Garcia, que é coordenador do curso de Engenharia Elétrica do IFSP (Instituto Federal de São Paulo) no campus de Votuporanga.

Perigos

Considerando a decoração natalina que fica dentro das casas, há o costume de montar a árvore de Natal na sala. E é comum plugar as luzes da árvore numa tomada em que outros aparelhos, como TVs, DVDs e videogames, já estão conectados, por meio de um adaptador conhecido como benjamim ou T. Essa situação traz riscos de curto-circuito e até de princípio de incêndio, conforme explicou Garcia.

“Isso sobrecarrega a tomada, que aquece e pode até pegar fogo, porque derrete até o isolamento do fio. Se ele não for adequado, os fiozinhos que estão dentro daquele plástico, que são de cobre, podem tocar um no outro, o que dá curto-circuito”, disse o coordenador.

Agora considerando as decorações externas, Garcia apontou outro fator: as intempéries do clima, que podem ajudar ou piorar a situação. Se uma tomada está superaquecida, por exemplo, as brisas e ventos podem ajudar a esfriá-la. Já a chuva, por outro lado, pode causar curto-circuito nos fios, porque a água, além de ser condutora de energia, junta fiozinhos que não podem encostar um no outro.

Dicas

A primeira dica do coordenador do IFSP para evitar esses riscos é comprar “piscas” que tenham certificado do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Isso, geralmente, é sinalizado na embalagem dos produtos com a logomarca do instituto. 

A segunda dica é instalar as luzes de maneira adequada, plugando-as numa tomada que, enquanto a decoração natalina estiver pendurada, será exclusiva delas. E o docente recomendou, também, checar, de vez em quando, se a tomada não está quente demais.

“Outra recomendação é, por exemplo, acender as luzes piscantes só a noite e desligá-las antes de dormir, principalmente se [a tomada] ficar perto de materiais inflamáveis, porque pode acontecer alguma coisa enquanto a pessoa não está vendo”, acrescentou Garcia.

O coordenador também disse que usar um filtro de linha, também conhecido como régua, garante mais segurança à situação. “O filtro de linha distribui [a carga] um pouco melhor, porque o benjamim é muito localizado ali na tomada. Aquela régua já tem uma proteção e, inclusive, dá para ser desligada. E uma de boa qualidade vai ter proteção. Então, por exemplo, se acontecer alguma coisa, a própria régua vai proteger, porque é o fusível dela que vai queimar”, explicou.

Em relação às decorações natalinas na área externa das residências, o docente do IFSP recomendou os seguintes cuidados: “Colocar as luzes piscantes em área coberta e, se for ficar em uma área que vai pegar chuva, deixar desligado [quando o tempo ‘fechar’], porque a água é condutora de energia, então é possível, sim, que aconteça um curto-circuito ali”, disse.
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